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Preços nas alturas: quais serão os “azeites de oliva” de 2025? Veja produtos

Preços nas alturas: quais serão os “azeites de oliva” de 2025? Veja produtos

Agora que o azeite vai dar uma trégua para o bolso, outros itens passaram a pesar no orçamento do brasileiro. O bom e velho cafézinho está cada vez mais amargo, com os preços subindo muito acima da inflação, e o açúcar segue na mesma toada. E o chocolate completa a lista de itens que tiveram elevação nos valores neste ano e que devem continuar em alta ano que vem.

Adenauer Rockenmeyer, economista delegado e coordenador do GT de agronegócios e agricultura familiar do Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo, explica que neste ano observamos um aumento expressivo nos preços de commodities essenciais como café, açúcar e cacau, este último, por sua vez, impactou diretamente no custo do chocolate.

“Essa escalada de preços não apenas pressiona o orçamento familiar, mas também levanta questões sobre a sustentabilidade produtiva – manutenção da oferta em relação a demanda – e a estabilidade do mercado e seus preços”, considera o economista.

Xícara mais cara

O preço do café disparou neste ano com alta de mais de 30%. Esse aumento é resultado de uma combinação de fatores, mas o principal deles é a mudança climática. “O clima foi o principal vilão, e afetou a principais regiões produtivas no Brasil, estas condições adversas, fez com a oferta destes produtos ficassem muito aquém da demanda global do produto, elevando os preços no mercado internacional”, diz Rockenmeyer.

Para João Abdouni, analista da Levante Inside Corp., o aumento da demanda da China e a questão do clima no Brasil são alguns dos fatores que levaram a este aumento e a tendência.

E a tendência para o ano que vem é de manutenção dos preços altos. “Para 2025, a perspectiva não é de rompimento. À medida que as mudanças climáticas devem continuar a impactar a produção, os especialistas preveem que os preços podem se manter elevados até 2026. A expectativa é de que novos reajustes ocorram já no início do próximo ano, o que significa que o consumidor deverá pagar mais caro por sua xícara de café”, afirma Rockenmeyer.

Doçura em risco

O mercado de açúcar também tem apresentado volatilidade em 2024. Embora não tenha experimentado a mesma alta expressiva do café, o açúcar tem sofrido oscilações de preço ao longo do ano. Para se ter uma ideia, em setembro, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) registrou um aumento de 10,4% no índice de preços do açúcar.

“A produção global de açúcar deve aumentar, mas o consumo também deve crescer, o que pode influenciar os preços. A incerteza no mercado de açúcar é um fator de preocupação, pois o produto é um ingrediente essencial em diversos alimentos e bebidas, e qualquer aumento de preço pode impactar o custo de vida do consumidor”, diz Rockenmeyer.

O amargo sabor da inflação

Em 2024, o preço do cacau dobrou, atingindo níveis recordes e elevando os custos de produção do chocolate. Essa alta do cacau é resultado de problemas na produção e oferta, o que levou a um aumento nos preços dos produtos derivados.

“Para 2025, a expectativa é de que os preços do chocolate continuem em alta. Os efeitos climáticos sobre a produção de cacau deverão persistir, o que significa que o consumidor deverá pagar mais caro por seus chocolates, inclusive os ovos de Páscoa. A alta do cacau é um fator de preocupação para a indústria de chocolate, que terá que repassar os custos para o consumidor”, comenta Rockenmeyer.

Ele comenta que o cacau, matéria-prima do chocolate, tem sido o grande vilão da história. Em 2024, os preços do cacau atingiram níveis recordes, chegando a US$ 7.000 por tonelada, o maior valor em mais de 40 anos. A alta foi impulsionada por problemas na produção e oferta, o que tem levado a uma escassez de produto no mercado internacional.

“As projeções para 2025 indicam que os preços do cacau deverão permanecer altos. Apesar de algumas expectativas de melhoria na safra, os preços devem se manter elevados devido a problemas climáticos e incertezas na produção. A alta do cacau é um fator de preocupação para a indústria de chocolate, que terá que lidar com custos mais elevados e repassar os preços para o consumidor”, afirma.

Importante lembrar que cerca de 70% da demanda global de cacau é produzida pelo oeste africano, que sofreu com o El Niño, pragas e o envelhecimento dos pés de cacau, que tem um prazo de ajuste longo.

Apesar das mudanças climáticas também terem pesado na produção de cacau, Leandro Gilio, professor e pesquisador especializado em agronegócio no Centro de Agronegócio Global do Insper, as as doenças também contribuíram para reduzir a produção.
Nos dois anos, a produção mundial do cacau diminuiu e a safra atual global 11% menor do que a anterior. Estima-se que haja um deficit global de 374 mil toneladas e isso é mais do que a produção brasileira, cerca 270 mil toneladas.

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Autor: gilmarasantos

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