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Ibovespa hoje: índice inicia fevereiro em leve alta, com Nova York e petróleo no radar

A indicação de recuperação de parte da queda recente das bolsas em Nova York e a alta do petróleo espelham no Ibovespa. A alta é moderada, dada a agenda esvaziada interna e as incertezas globais, após sinais de que o juro americano não vai cair no mês que vem. Na última quarta-feira (31) apesar de ter fechado com elevação – a uma taxa módica de 0,28% -, o Índice Bovespa encerrou janeiro com desvalorização de 4,79%, a mais intensa desde 2016.

Às 11h17, o Ibovespa subia 0,25%, aos 128.069,43 pontos, após avançar 0,37%, na máxima aos 128.230,80 pontos, ante mínima aos 127.752,28 pontos, com variação zero. No geral, as bolsas operam com sinais moderados. “É natural essa moderação lá fora, após ganhos fortes, e é até importante para se ter uma consolidação saudável. A expectativa é que o Ibovespa em fevereiro seja influenciado mais pelo exterior que por questões domésticas”, estima Luís Otávio, trader da mesa de renda variável e Estruturados no Grupo SWM. O próximo indicador com chance de influenciar os ativos será o payroll, na sexta-feira (02), e os outros dados que sairá até a reunião de março do Federal Reserve (Fed).

Segundo Otávio, o presidente do Fed, Jerome Powell, a última quarta-feira (31), foi bastante enfático de que as chances de queda dos juros em março são baixas e que o objetivo do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) é levar a inflação para a meta 2%. “Em contrapartida, o comunicado adotou uma postura mais neutra ante as anteriores. O fato é que os juros vão cair”, avalia o trader do Grupo SWM.

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Agora, fica no radar a divulgação de relatório oficial de emprego americano, o chamado payroll, de janeiro, na sexta-feira (02), além de balanços de empresas de tecnologias (Apple, Amazon e Meta) após o fechamento dos mercados. Conforme Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos, a alta dos índices de ações em Nova York, e que reflete no Ibovespa, é um ajuste à véspera, quando o mercado respondeu mal às afirmações de Powell. “A queda dos juros americanos é improvável, segundo o Powell, que veio com um comunicado mais duro. Todos os índices econômicos vieram bons indicando força do emprego e inflação resiliente”, analisa.

Internamente, o recuo de meio ponto porcentual da Selic anunciado na última quarta pelo Comitê de Política Monetária (Copom), dentro do previsto, e o comunicado visto sem novidades por analistas podem ter pouco efeito em ações sensíveis ao ciclo de juros na Bolsa de Valores (B3).

“A decisão do Copom de reduzir a taxa Selic para 11,25% ante 11,75% e de sinalizar com novos cortes para suas próximas duas reuniões já estava precificada. Investidores devem aguardar a ata para tentar inferir a extensão do atual ciclo”, cita em nota a MCM Consultores. Para Saadia, a única mudança no texto do Copom foi o reconhecimento de que há desinflação global, e que foi visto como ponto muito favorável. “Tirando isso, e alguns detalhes pequenos, é verdade que foi igual ao anterior”, diz diretor de investimentos da Nomos.

Na Europa, a maioria das bolsas cai após alguns balanços empresariais decepcionarem, além de indicadores fracos de atividade. Nesta quinta, o Banco da Inglaterra manteve sua taxa de juros em 5,25%, como o esperado.

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, disse que ainda não chegou o momento de cortar juros, visto que o BC inglês precisa estar mais confiante de que a inflação chegará à meta oficial de 2% e permanecerá nesse nível, embora os preços estejam “caminhando na direção certa”.

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Às 11h30, as ações da Petrobrás (PETR4) subiam acima de 2,00%, na esteira do petróleo, enquanto Vale (VALE3) caía 0,22%, em dia de queda de 0,36% do minério de ferro em Dalian, na China.ço”.

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