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Cielo anuncia proposta de Bradesco e BB para sair da Bolsa

A Cielo informou ao mercado nesta segunda-feira (5) que a BB Elo (controlada do Banco do Brasil), Grupo Elopar e Quixaba (controlada do Bradesco), decidiram realizar uma oferta pública unificada de aquisição (OPA) de todas as ações ordinárias da empresa.

Após a OPA, a companhia deixará de ter capital aberto e de fazer parte da listagem Novo Mercado da bolsa de valores brasileira, a B3.

O Bradesco e o Banco do Brasil, que juntos detêm quase 60% da Cielo, estão fazendo a oferta junto à sua joint-venture, o Grupo Elopar. O Bradesco BBI atuará como instituição intermediária da OPA, segundo a Cielo.

A Cielo, que tem um valor de mercado de cerca de R$ 13,7 bilhões, acrescentou que a operação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições, incluindo as aprovações legais e regulatórias aplicáveis das autoridades governamentais.

A oferta será feita pelos acionistas controladores, Alelo, Livelo e Elo Participações, para aquisição de até a totalidade de ações emitidas pela Cielo, exceto as pertencentes aos próprios ofertantes, pessoas a eles vinculadas e as mantidas em tesouraria.

O preço ofertado para cada ação objeto da OPA será de R$ 5,35 — valor 6,4% superior ao do fechamento do papel no pregão desta segunda-feira (5).

Em fato relevante, o BB informou que sua participação na empresa poderá chegar a até 49,99% do capital, e o restante ficará com o Bradesco.

Resultado do quarto trimestre

Mais cedo, a Cielo divulgou lucro líquido recorrente de 480,8 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 1,9% frente ao mesmo período em 2022, mostrou balanço divulgado nesta segunda-feira, abaixo da expectativa média de analistas de lucro de 483,95 milhões de reais, segundo dados da LSEG.

No consolidado, o lucro cresceu 46,6% na comparação anual, também a 480,8 milhões de reais.

A maior empresa de meios de pagamentos do país registrou receita operacional líquida de R$ 2,77 bilhões no período, acréscimo de 0,6% ano a ano. A receita da divisão Cielo Brasil caiu 2,4%, enquanto a da unidade Cateno cresceu 5,2%.

A receita de aquisição de recebíveis (“ARV”) foi recorde em 2023, de acordo com a empresa, atingindo R$ 1,6 bilhão no ano, crescimento de 67% na comparação anual.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado apurado foi de R$ 999,6 milhões, aumento de 9,3% em comparação com o quarto trimestre de 2022, devido principalmente “ao efeito baseline em outras controladas”, disse a Cielo em relatório de resultados. A margem Ebitda ficou em 36,1%, aumento de 2,9 pontos percentuais em comparação com o último trimestre de 2022.

“Não fossem os efeitos não recorrentes, o Ebitda consolidado teria apresentado queda de 8,5%, refletindo menor volumetria em Cielo Brasil e investimentos para melhoria da operação e expansão do time comercial, mitigados por crescimento do yield de receita e melhor desempenho na Cateno”, acrescentou.

O Ebitda de Cielo Brasil caiu 12,9% ano a ano, enquanto na unidade Cateno o Ebitda aumentou 3,6%.

Separadamente, a Cielo anunciou que seu conselho aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no montante de R$ 410 milhões, que serão pagos aos acionistas em 30 de abril com base na posição acionária de 15 de março.

Com informações da Reuters.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Cielo anuncia proposta de Bradesco e BB para sair da Bolsa no site CNN Brasil.

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