Como o BTG Pactual (BPAC11) avalia fusão entre Arezzo (ARZZ3) e Soma (SOMA3)
O acordo entre a Arezzo (ARZZ3) e o Grupo Soma (SOMA3) para combinação dos negócios deve permitir, segundo o BTG Pactual (BPAC11), a captura de sinergias nas áreas de distribuição, desenvolvimento de produtos, operações de franquia e produção.
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O banco calcula que a fusão criará uma empresa com receita líquida de R$ 10 bilhões, Ebitda de R$ 1,6 bilhão, lucro de R$ 750 milhões em 2023 e valor de mercado de R$ 13 bilhões, com maior liquidez de ações. Apesar disso, o BTG não deixa de notar que se trata de um negócio complexo para criar um “player gigante”, com marcas e culturas diferentes, “sem falar nos riscos de execução no processo de integração”.
Com a combinação, a nova empresa irá controlar 34 marcas, com destaque para Hering (HGTX3), Arezzo, Farm e Reserva, apontam os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima. Além disso, serão cerca de 22 mil funcionários, mais de 2 mil lojas e presença em 21 mil lojas multimarcas em todo o país.
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“Ao todo, as sinergias totais poderiam atingir cerca de R$ 4,5 bilhões ou 35% do valor de mercado combinado das empresas. Assumindo a variação total do valor de mercado desde a publicação do primeiro fato relevante na última quarta-feira 01), cerca de 1/3 dessas sinergias já foram pagas antecipadamente”, dizem os analistas.
O BTG Pactual também menciona que as aquisições anteriores deixaram o Grupo Soma com R$ 3,9 bilhões em ágio em seu balanço, R$ 3,6 bilhões provenientes da Hering, e deixaram a Arezzo com R$ 507 milhões. “O acordo poderia desbloquear ágio adicional que poderia ser usado para compensar o aumento da carga tributária proveniente da Medida Provisória nº 1.185”, avalia o banco. A MP citada versa sobre a tributação federal sobre casos de subsídios estaduais a empresas.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para Arezzo, com preço-alvo de R$ 80, potencial valorização de 27,3% sobre o fechamento da última sexta-feira (02).