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Legacy segue apostando na queda dos juros do Brasil; veja as projeções

A Legacy Capital permanece com posições aplicadas (que apostam na queda) em juros no Brasil, dada a avaliação de que o mercado logo deve começar a discutir uma aceleração no ritmo de cortes da Selic. Uma taxa terminal mais baixa que as projeções atuais, como a gestora tem apostado, também deve ser avaliada pelos agentes.

“No plano local, chama a atenção a quantidade de pedidos de recuperação judicial, bem como a de operações de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) caminhando para reestruturação, ao mesmo tempo em que o Banco Central segue conduzindo a queda do nível de juros real da economia a um ritmo relativamente lento. A queda de juros tem sido acompanhada de queda significativa da inflação projetada pelo mercado”, descreve a equipe de gestão da Legacy, em carta mensal divulgada nesta terça-feira (6).

A projeção da Legacy para a inflação de 2024 e 2025 permanece em 3,2% e 3,4%, respectivamente. “Vale destacar que seguimos enxergando uma assimetria para baixo nas nossas projeções de inflação de 2024, tanto pela inflação de bens, em que acreditamos haver espaço relevante para correção de preços relativos, e, mais recentemente, pela melhora das perspectivas relacionadas ao fenômeno El Niño sobre a inflação de alimentação, que tende a ter um impacto menos relevante do que o esperado inicialmente”, afirma.

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A equipe de gestão também descreve que a atividade econômica vem desacelerando, mas a um ritmo menos intenso do que imaginava. Mas a Legacy diz seguir com o entendimento de que os elevados juros reais deverão provocar uma desaceleração das concessões de crédito, “em especial para pequenas e médias empresas, o que deve contribuir para a desaceleração da atividade econômica à frente”. Além disso, observa que os recentes ajustes do Conselho Monetário Nacional (CMN) para títulos isentos deve pressionar os custos de funding das empresas, agindo como um fator de ampliação de potência da política monetária”.

Assim, na avaliação da gestora, o mercado está próximo de discutir a aceleração do ritmo de cortes do ciclo ou uma taxa terminal ainda mais baixa, “pelo que permanecemos com posições aplicadas em juros no Brasil”.

“Em nossa visão, a taxa terminal atualmente ‘apreçada’ na curva de juros – em torno de 9,5% – é alta. Em um cenário base, onde a desaceleração local e global não evolua para uma recessão, estimamos que a taxa Selic terminal, no presente ciclo de relaxamento monetário, será em torno de 8%”, afirma a Legacy.

De olho nas techs americanas

A gestora também segue posicionada com ações de tecnologia, particularmente no que diz respeito a serviços de cloud (nuvem). “A crescente demanda pelo processamento de dados relacionados à inteligência artificial foi a principal responsável pela robusta performance dos negócios de cloud durante o 4º trimestre de 2023. Amazon, Microsoft e Alphabet, empresas líderes na prestação desse serviço, reportaram forte crescimento nessa área de negócio. Acreditamos que ainda estamos num estágio inicial da relevância do negócio de cloud”, descreve, na carta mensal.

E, no mercado de câmbio, a gestora informou ter zerado as posições vendidas (que apostam na queda) em dólar, em vista da reprecificação da curva de juros dos Estados Unidos.

Resultado em janeiro

Em janeiro, o Legacy Capital B FIC apresentou alta de 0,47%, acumulando valorização de 8,25% em 12 meses. Segundo a carta, o bom resultado das carteiras de bolsa, com apoio do setor de tecnologia, compensou parcialmente as perdas em posições aplicadas em juros e vendidas em dólar contra uma cesta de moedas.

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