Mercado hoje: Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC3) decidem fechar capital da Cielo (CIEL3) e Itaú (ITUB3) anuncia JCP extra para acionistas
A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da última semana é um dos destaques desta terça-feira (6). O Boletim Focus traz as expectativas do mercado para a economia brasileira e será acompanhado pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI) e pela nota de crédito do Banco Central (BC).
Confira as principais notícias das empresas da Bolsa
Cielo (CIEL3), Bradesco (BBDC3) e Banco do Brasil (BBAS3)
O Bradesco e o Banco do Brasil, controladores da Cielo, lançarão uma oferta para fechar o capital da companhia. A operação, que depende de uma série de aprovações, terá preço por ação de R$ 5,35, patamar 6,4% acima do fechamento do papel. Em fato relevante, o BB informou que sua participação na Cielo poderá chegar a até 49,99% do capital. O restante ficará com o Bradesco.
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O preço por ação, de R$ 5,35, anunciado na última segunda-feira (5) pela Cielo no âmbito da oferta para fechar o capital da companhia, que é listada na B3 desde 2009, será ajustado por dividendos, juros sobre capital próprio (JCP) ou outros proventos declarados ou pagos pela companhia. Segundo apurou o Broadcast, as instituições decidiram retirar a Cielo da Bolsa ao constatarem que este era o momento certo para o movimento.
A Cielo divulgou balanço do quarto trimestre de 2023 com lucro líquido recorrente de R$ 480,8 milhões, queda de 1,9% ante o mesmo período de 2022 e em linha com o Prévias Broadcast. O lucro antes de juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 999,6 milhões, alta de 9,3%. A empresa também aprovou a declaração de JCP adicionais, no montante de R$ 410 milhões, a R$ 0,15 por ação. A data de ex-JCP é 18 de março de 2024.
Itaú (ITUB3)
O Itaú Unibanco registrou lucro líquido gerencial de R$ 9,401 bilhões no quarto trimestre, resultado 22,6% superior ao observado em igual intervalo de 2022 e em linha com a estimativa do Prévias Broadcast. A variação anual é explicada pelo crescimento da carteira de crédito do banco e pelas maiores margens na gestão de passivos.
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Adicionalmente, no balanço, o Itaú separou R$ 1,3 bilhão para cobrir a exposição que possuía a empréstimos da Americanas (AMER3), que entrou em recuperação judicial em janeiro de 2023. O Itaú também divulgou projeções: a carteira de crédito deve crescer entre 6,5% e 9,5% neste ano em relação a 2023; a margem com clientes deve subir entre 4,5% e 7,5%, e a arrecadação com serviços, entre 5% e 8%.
O banco aprovou ainda um novo programa de recompra de até 75 milhões de ações preferenciais (PN), que equivalem, aproximadamente, a 1,56% de PN em circulação. E pagamento de JCP adicional de R$ 1,12 por ação, com base na posição acionária de 21 de fevereiro.
Natura (NTCO3)
A Natura&Co anunciou que seu Conselho de Administração autorizou a diretoria a avaliar uma possível separação de Natura&Co Latam e Avon em duas companhias de beleza independentes e de capital aberto.
A separação tem como objetivo promover o potencial de ambas, que possuem abrangências geográficas distintas, atendem diferentes consultores de beleza e consumidores e, juntas, oferecem valor limitado de sinergia sob a estrutura atual. A Natura continuaria operando com ambas as marcas na região.
TIM (TIMS3)
A TIM Brasil divulga os resultados referentes ao quarto trimestre de 2023 depois do fechamento do mercado. Segundo o Prévias Broadcast, a companhia deve registrar lucro líquido de R$ 847 milhões, alta de 43,5% em relação ao mesmo período de 2022.
Energisa (ENGI11)
A Energisa anunciou previsão de investimentos de R$ 6,077 bilhões para este ano, sendo R$ 4,946 bilhões no segmento de distribuição.
Azul (AZUL4)
A subsidiária da Azul, Azul Secured Finance LLP, precificou a reabertura da oferta privada de títulos de dívida seniores com garantia prioritária e vencimento em 2028 de US$ 148,7 milhões em 100,625% do valor principal, com yield to maturity (rendimento até o vencimento) de 11,749%.
Embraer (EMBR3)
A Brandes Investment Partners elevou sua participação acionária na Embraer para 111.311.389 ações ordinárias (ON), representando 15,03% do total desta classe de ativos.
Unipar (UNIP6)
A Unipar anunciou que o diretor-executivo industrial, Rodrigo Cannaval, vai assumir a presidência da empresa a partir de abril, no lugar de Maurício Russomanno, que deixará o cargo após quatro anos à frente da companhia.
Tecnisa (TCSA3)
A Tecnisa fará a sua primeira emissão de 40 mil notas comerciais escriturais, com valor nominal unitário de R$ 1 mil, totalizando R$ 40 milhões.
PetroReconcavo (RECV3)
A PetroReconcavo informou que seu segundo programa de recompra de ações, aprovado em 28 de julho de 2022, teve seu prazo expirado em 27 de janeiro último. O encerramento deverá ser ratificado na próxima reunião do conselho de administração. O programa registrou aquisição de 400 mil ON, a R$ 22,61, em média.
Claro (BCPS4)
A Claro fará sua quarta emissão de debêntures simples, da espécie quirografária (que não desfruta de privilégios em relação às outras), não conversíveis em ações, no valor de R$ 3 bilhões. Os títulos terão valor nominal unitário de R$ 1 mil. A data da emissão, em série única, será em 20 de fevereiro de 2024. A oferta é destinada exclusivamente a investidores profissionais. Não há valores sob remuneração, nem tampouco o destino dos recursos captados.
*Com informação do Broadcast