Saída da Cielo da bolsa faz ‘muito sentido’ para Bradesco e BB, diz BTG
A oferta pública de aquisição (OPA) da Cielo (CIEL3) planejada por seus controladores e tornada pública nesta segunda-feira (6) faz “muito sentido” para Bradesco e Banco do Brasil, especialmente para o primeiro, avaliou a equipe de research do BTG Pactual em relatório publicado nesta terça-feira (7).
A operação, que deve resultar na saída da credenciadora da bolsa brasileira, tem como fim converter o registro de companhia aberta da categoria “A” para “B” e a saída da empresa do Novo Mercado da B3. Os controladores devem pagar R$ 5,35 pela ação – prêmio de 6,4% sobre em relação ao fechamento da véspera.
Juntos, Bradesco e Banco do Brasil detêm quase 60% da Cielo. A oferta será feita junto à sua joint-venture, o Grupo Elopar. O Bradesco BBI atuará como instituição intermediária da OPA, segundo a Cielo.
De acordo com informação publicada pelo “Brazil Journal”, a oferta deve permitir ao Bradesco integrar a operação de adquirência com seu negócio bancário, além de gerar ganhos de eficiência e redução de custos ao sair da bolsa.
“Nos últimos dois anos, o principal concorrente do Bradesco, o Itaú, finalmente conseguiu na integração de seu braço de aquisição, Rede, em sua recém-criada vertical de pequenas e médias empresas, tornando-a uma produto totalmente integrado”, escreveu o BTG em relatório.
O novo CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, é presidente da Cielo e deverá discutir o novo plano estratégico com o mercado na próxima quarta-feira (8), durante a teleconferência de resultados do banco.
Em atualização*