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Gerdau (GGBR4) voltou aos holofotes? Analistas elevam ânimo após queda das ações

Gerdau (GGBR4) voltou aos holofotes? Analistas elevam ânimo após queda das ações

As ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) vêm sofrendo recentemente, com queda de mais de 20% nos últimos 12 meses, com a desaceleração da economia mundial e por conta da chamada “invasão do aço chinês” no Brasil, que se deu após o setor imobiliário do gigante asiático entrar em crise e suas siderúrgicas passarem a exportar mais seu aço. No entanto, analistas vêm revisitando suas recomendações para a empresa para cima.

Nesta semana, o Bradesco BBI, em relatório, definiu a empresa como sua “principal recomendação no setor”, sugerindo a compra dos papéis com o preço-alvo fixado em R$ 28, potencial de alta de 28,8% frente ao fechamento dessa terça. 

“Após o recente desempenho inferior no último ano, vemos um ponto de entrada atraente para se beneficiar de uma combinação de melhor atividade econômica no Brasil  (40% do Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, esperado  para  2024) e  um  mercado  siderúrgico  ainda  forte  nos  EUA  (50%  do Ebitda esperado para 2024)”, dizem os analistas do banco. 

O BBI ainda destaca que vê os preços globais do aço laminado e do vergalhão subindo de 8% a 14% em 2024, o que diminuiria a pressão nas margens das siderúrgicas. “Além disso, as discussões sobre um potencial aumento nas tarifas de importação de aço estão aumentando no Brasil (a questão é se as tarifas aumentariam para, 25% contra 10,8% atualmente), o que poderia proporcionar outra camada de vantagem à nossa cobertura”, acrescentam.

Já há algum tempo, apesar do recuo, a siderúrgica tem sido a favorita de analistas. Apesar de ser a única entre as grandes – CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) – que não tem exposição ao minério, commodity que está oferecendo margens mais elevadas, o fato de ela ter maior exposição aos Estados Unidos agrada especialistas.

“O spread do metal nos EUA permanece em níveis saudáveis de aproximadamente US$ 500 por tonelada e com alguma recuperação  nos  volumes (+3% em base anual). Há também riscos ascendentes, dependendo da trajetória de política monetária do Federal Reserve”, comenta o BBI.

Angelo Belitardo, gestor da Hike Capital, em matéria do InfoMoney no começo do ano, lembrou da sinalização dos EUA de retirar o direito da sobretaxa de 103,4% da produção de aço brasileira, uma barreira comercial, pode ser positiva. Isso com o acréscimo de que a maior economia do mundo ainda estar rodando estímulos para o setor de infraestrutura, que demanda aço longo e flertando com o início do ciclo de queda dos juros, que normalmente impulsiona o setor imobiliário e de veículos. 

“Fora isso, a potencial queda de juros nos EUA ainda em 2024 torna as ações da Gerdau ainda mais atrativas na cotação atual e o setor de aço tende a ser beneficiado com a retomada do setor de e construção e infraestrutura no Brasil, China e nos países desenvolvidos. Tudo isso por conta do ciclo de queda na taxa de juros, o que impulsionará a demanda e cotação da commodity”, completou na ocasião.

O Goldman Sachs, nos primeiros dias de fevereiro, também citou a possibilidade de maior tributação ao aço chinês e melhora das perspectivas nos EUA ao tirar sua recomendação de neutra para compra, com preço-alvo em R$ 26. Fora isso, o banco americano mencionou que as expectativas para os resultados da Gerdau, bem como as ações, já caíram cerca de 20%¨em relação ao pico de junho de 2023. 

Diante disso, o Goldman acredita que o ciclo está propenso a ser revertido dado pessimismo elevado dos investidores em relação à Gerdau e ao ciclo do aço. Embora os catalisadores para essa reversão não devam ser vistos a curto prazo, o banco considera que os níveis de valuation estão atrativos, e recomenda que os investidores comprem antes de um eventual ciclo de revisão positiva.

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