Mercado hoje: B3 (B3SA3) registra queda nos números de janeiro e Vale (VALE3) estuda mais provisões para rompimento de barragem
Os números de janeiro da produção industrial e das vendas no varejo dos Estados Unidos são destaques desta quinta-feira (15), além de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense). No Brasil, o Boletim Focus, do Banco Central (BC), traz as expectativas do mercado para a economia nacional e fica no radar dos investidores durante a manhã desta quinta-feira.
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B3 (B3SA3)
A B3 registrou volume financeiro médio diário de R$ 22,489 bilhões em janeiro, queda de 11,9% na comparação com igual mês de 2023. Em relação a dezembro, o resultado foi 11,1% menor. Os maiores volumes vieram do mercado à vista de ações, com R$ 21,445 bilhões na média diária, ainda registrando uma queda anual de 13% e de 10,8% na comparação mensal.
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A XP destaca que os volumes permaneceram fracos e o volume médio diário de negociação (ADTV) de R$ 21,4 bilhões para o mercado à vista (-10,8% na comparação mensal e -13,0% ante base anual) marcou o pior mês desde 2020, apesar de estar acima das médias diárias pré-pandemia. Com isso, a corretora diz que não vê quaisquer gatilhos para as ações no curto prazo e reitera visão conservadora para B3, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 16 por ação (potencial de valorização de 24,4%).
Vale (VALE3)
A Vale pode elevar em cerca de US$ 3 bilhões as provisões relativas aos custos com o rompimento da barragem do Fundão, ocorrido em 2015 em Mariana, segundo o Citibank. A avaliação se baseia em comunicado da BHP, sua sócia na joint venture 50/50 na Samarco, informando que sua provisão para o acidente subiu para US$ 6,5 bilhões a fim de atender a reivindicação do Ministério Público Federal (MPF). Ao final do terceiro trimestre, as provisões da Vale eram de US$ 3,0 bilhões.
Jalles Machado (JALL3)
A Jalles Machado registrou lucro líquido de R$ 75,8 milhões no terceiro trimestre da safra 2023/24, o que significou queda de 83,2% ante terceiro trimestre 2022/23. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 332,7 milhões, alta de 6,1%.
O Citi destaca que, para a safra 2024/2025, continua cauteloso em relação aos preços do etanol, com falta de gatilhos de médio prazo para aumentar o preço do biocombustível e com chance relevante de La Niña ocorrer no segundo semestre de 2024, trazendo incertas no preço do açúcar e para a produção no Brasil. Já a XP afirma que a Jalles apresentou resultados sólidos e encorajadores no terceiro trimestre da safra 2023/2024, em meio à turbulência no mercado de etanol, com o açúcar mais do que compensando as margens reduzidas do biocombustível.
Hapvida (HAPV3)
Depois de as ações da Hapvida recuarem mais de 11% desde a semana passada, o Citi avalia que a maior parte das más notícias se reflete no preço atual e, portanto, o potencial retorno das ações parece estar enviesado para cima. Mantendo recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 6,00 (potencial valorização de 75,4%), o Citi diz que a queda da Hapvida provavelmente refletiu as renovadas preocupações dos investidores sobre um processo de recuperação de margem que, combinado com a contínua fraqueza comercial, pode gerar outro ciclo de revisões negativo.
Tecnisa (TCSA3)
O Conselho de Administração da Tecnisa aprovou a 16ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie com garantia real, em série única, para colocação privada, no montante de R$ 16 milhões.
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*Com informações do Broadcast