Fiscais agropecuários mantêm mobilização e dizem que ministro vai operar por soluções
Em reunião na tarde desta quarta-feira (21), o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, prometeu a auditores agropecuários que vai operar dentro do governo por uma solução ao impasse que levou a categoria a se mobilizar nas últimas horas.
A informação foi confirmada à CNN por Antônio Araújo, diretor da Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), que esteve representada no encontro. Também esteve no encontro membros da Associação Nacional dos Técnicos de Fiscalização Federal Agropecuária (ANTEFFA).
Segundo Araújo, a representação expôs as demandas trabalhistas da categoria na reunião, e o ministro se mostrou sensibilizado. A tendência é de que Fávaro participe de reunião com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) no próximo dia 29 e atue pela resolução.
Apesar da sinalização do ministro, a mobilização — que deixou mais de 1,9 mil caminhões parados em Foz do Iguaçú (PR) — vai ser mantida até o dia 29, pelo menos. A CNN procurou o Ministério da Agricultura para que comentasse o resultado da reunião. Até o momento, não houve resposta.
Araújo disse ainda que Fávaro pediu para que o movimento não radicalize o movimento e leve prejuízo ao setor produtivo. O representante ponderou as dificuldades de reivindicar as demandas da categoria, mas disse que o pedido será avaliado com cuidado.
“Continuaremos a nossa mobilização com responsabilidade, preservando questões de saúde pública e a segurança alimentar. Isso posso garantir”, disse.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou nesta quarta-feira que o setor está enfrentando dificuldades diante da recente mobilização. A operação atrasa a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSIs) para embarques de produtos.
Em entrevista à CNN, o presidente da associação, Ricardo Santin, afirmou que o setor apoia as reivindicações dos auditores: “Somos uma cadeia única, em que os fiscais colaboram”. Mas destacou que é necessário garantir que o setor possa “produzir comida”.
“O atraso impacta não só as exportações, mas também em transportes internos, que impacta toda a cadeia de suprimento. E isso, no médio prazo, pode levar à falta de produtos nas prateleiras”, disse.
Segundo Santin, os maiores impactos, no momento, estão no transporte de cargas vivas. Tanto a importação quanto a exportação de material genético avícola, por exemplo, são pontos de atenção.
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