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Nota de R$ 50 completa 30 anos: o que você podia comprar com ela em 1994, no nascimento do Plano Real?

Rephrase my Nota de R$ 50: veja o que dava pra comprar com ela em 1994 – Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

No mês de julho, a nota de R$ 50 vai completar 30 anos em circulação. Mas desde seu lançamento, a cédula da onça-pintada perdeu muito poder de compra. Se antes ela comprava mais de 90 litros de gasolina, hoje ela não arremata nem 9. Mas este é só um dos exemplos que mostram como a nota marrom do Plano Real perdeu valor nessas três décadas.
A nota de R$ 50 foi lançada no Plano Real em 1994, junto às cédulas de R$ 1, R$ 5, R$ 10 e R$ 100. À época, as notas simbolizaram a solução para a hiperinflação gerada nos governos anteriores a Itamar Franco. 
Assim, a nota de R$ 50, como suas “irmãs”, inauguraram uma fase de estabilização pontual de preços. Mas a verdade é que o aumento do custo de vida nunca parou.  
A cada ano, a inflação brasileira fez com que o brasileiro pudesse comprar cada vez menos com a nota da onça. E esse efeito pode ser visto no levantamento que fizemos. Veja a seguir o que era possível comprar com R$ 50 em 1994: 
Em 1994, o custo para se locomover de ônibus na cidade de São Paulo era 9 vezes menor. Com passagens a R$ 0,50, quem tinha R$ 50 na carteira podia tomar o transporte público mais popular da época 100 vezes. Hoje, com tarifas a R$ 4,50, o passageiro paulistano pode tomar o ônibus apenas 11 vezes. 
Para quem preferia pegar o metrô, a tarifa também era de R$ 0,50 na capital paulista. Só era preciso paciência para encarar o transporte subterrâneo “mais cheio do mundo”, segundo Guinnes de 1994. 
Quem tinha carro passava menos aperto, literalmente. Pagava nas bombas um preço muito inferior à média atual de R$ 5,58 por litro de gasolina, pois em julho de 1994 o preço médio desse combustível nos postos paulistanos era de R$ 0,55 por litro. 
Quem acompanha os preços dos supermercados percebeu que o prato do brasileiro anda bem salgado. A cesta básica mais barata do Brasil, em Aracaju, não sai por menos de R$ 528,48, segundo dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).  
Mas em 1994, essa cifra tinha menos dígitos. O conjunto básico de alimentos era oferecido por pouco mais de R$ 50 em cidades como Salvador, Recife, Fortaleza e João Pessoa. A capital com a cesta mais cara, Florianópolis, comercializava o produto a R$ 68,88, segundo dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Também havia opções para os amantes de fast food.
Um Big Mac com Coca-Cola nos Drive Thrus do McDonald’s saía por R$ 3,22, sendo R$ 2,42 o lanche e R$ 0,80 a bebida. 
O personagem da famosa canção “Trem das onze”, de Adoniran Barbosa, estaria estarrecido ao saber que quem mora no Jaçanã atualmente paga R$ 3.400 por mês de aluguel, em média. Isso porque, em 1994, era possível morar no mesmo bairro pagando menos do que 10% disso. Algo em torno de qu for better SEO.  

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