China repete aposta na economia e endurece discurso sobre Taiwan. Por que isso importa?

Rephrase my PublicidadeUm pouco de mais do mesmo foi o que o primeiro-ministro da China, Li Qiang, ofereceu nesta terça-feira (5), quando discurso na 14ª Assembleia Popular Nacional para anunciar as metas oficiais para 2024. Ele projetou um crescimento econômico ambicioso de “cerca de 5%” para o ano e anunciou a continuidade de uma estratégia fiscal proativa, além de reconhecer as dificuldades geopolíticas atuais. Mas ele revelou também a intenção de elevar os gastos militares e subiu o tom sobre a questão de Taiwan.Não houve uma recepção muito amistosa por parte de investidores globais após o discurso. Não que as metas fossem inesperadas, mas houve uma avaliação geral que será preciso anunciar mais medidas do que projeções. O InfoMoney listou alguns anúncios e suas implicações.O governo repetiu a projeção feita na reunião “Duas Sessões” de 2023, informando que a economia deve ter uma expansão de “cerca de 5%” nesse ano. A China conseguiu ficar nesse patamar, anunciando uma expansão de 5,2% no ano passado, mas o próprio governo e vários analistas admitem que a meta é ambiciosa. Para o FMI, a economia deve acrescer apenas 4,6% no ano. O analista Tao Chuan, da Soochow Securities, disse à Reuters que o crescimento de 5% de 2023 foi irregular, evidenciando profundos desequilíbrios estruturais, que precisam ser combatidos, desde o fraco consumo das famílias até os baixos retornos de investimentos. Continua depois da publicidadeMesmo com a promessa de reformas, a falta de medidas concretas para conter a crise imobiliária e as dívidas dos governos locais só fazem crescer as incertezas. E, como lembrou a Chatham em um análise, uma China mais voltada para o mercado doméstico, como foi novamente anunciado, significa que outros países receberão um impulso menor na sua atividade econômica por unidade do PIB da China. “Quando a geopolítica e a ideologia impulsionam a tomada de decisões, a eficiência fica em segundo plano. E isso é uma má notícia para a economia mundial.”A única medida efetiva anuncia nessa terça-feira foi o plano do governo chinês de emitir 1 trilhão de yuans (US$ 139 bilhões) em títulos ultralongos especiais, como parte das iniciativas para estimular a atividade empresarial e atingir a de crescimento econômico anual. Segundo ele, rendimentos serão usados para financiar megaprojetos e apoiar setores que se alinhem com o desenvolvimento estratégico do país. Os valores também serão investidos na segurança nacional. Ele também prometeu que o governo liquidará os pagamentos atrasados devidos a empresas privadas, continuará a reprimir a imposição de taxas e multas arbitrárias e que buscará criar um ambiente político estável, transparente e previsível”. Mas vários analistas alertaram que decisão da China indica que o país vai priorizar estímulos fiscais para impulsionar a economia, em vez da política monetária, o que configura um risco. Além disso, mais for better SEO.