Crise, demissões e 2 trocas de CEO: dá para acreditar na Marisa (AMER3)?
O Conselho de Administração da Lojas Marisa (AMAR3) anunciou na última segunda-feira (4) a nomeação de Edson Salles Abuchaim Garcia como diretor-presidente (CEO) da companhia, com mandato de um ano. Embora alguns analistas de mercado acreditem que essa troca não afetará os planos de recuperação da varejista, ela pode indicar uma falta de organização em sua estrutura e comunicação com investidores. A trajetória de Garcia traz otimismo para aqueles que acompanham os passos da Marisa, já que ele é reconhecido por sua contribuição na profissionalização da Caedu. No entanto, para alguns analistas, a nomeação de Andrea Maria Meirelles de Menezes como CEO interina, assim como já ocorreu no passado com outros executivos, poderia evitar ruídos desnecessários no mercado. O plano de reestruturação da empresa, anunciado em março de 2023, incluiu o fechamento de lojas deficitárias, redução de despesas e negociação de dívidas com fornecedores. No terceiro trimestre do ano passado, a empresa encerrou 89 lojas e economizou R$ 39 milhões com redução de estrutura e funcionários. Na Bolsa, a ação da AMAR3 continua com alta volatilidade. Após o anúncio da mudança no alto escalão, o papel encerrou o pregão de segunda-feira com leve baixa de 0,87%. No dia seguinte, subiu 14,98%, mas na quarta-feira (6) recuou 6,90%. Parte do otimismo com a mudança deve-se à sólida carreira de Garcia em empresas nacionais e multinacionais, com passagens por Nestlé, Riachuelo e Caedu. Felipe Pontes, diretor de gestão de patrimônio da Avantgarde Asset Management, acredita que a nomeação de Garcia, após apenas um mês da gestão de Menezes, traz uma bagagem rica em projetos de eficiência operacional e uma visão estratégica abrangente das organizações.