Fazenda quer limitar desoneração a cidades com até 50 mil habitantes
Rephrase my PublicidadeO Ministério da Fazenda prepara uma contraproposta para a desoneração dos municípios, que deverá limitar o benefício a cidades com até 50 mil habitantes — uma redução em relação ao escopo original do projeto, que beneficiava populações de até 156 mil habitantes.O governo também negocia a previsão de uma espécie de “Refis” para as prefeituras que têm dívidas não pagas com a Previdência. Durante a tramitação do texto que criou o incentivo fiscal, no ano passado, representantes dos prefeitos alegavam que a dívida dos municípios com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) era de R$ 240 bilhões. O dado, no entanto, não é confirmado pela Fazenda.Além da restrição pelo tamanho da população, o texto restringirá o benefício tributário às cidades mais pobres do país, com receita corrente líquida per capita de até R$ 3,9 mil. Projeções do governo apontam que o novo formato atenderá a 2,5 mil cidades.
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Aprovada pelo Congresso em dezembro, a desoneração para as prefeituras prevê que elas passariam a recolher 8% de contribuição patronal ao INSS sobre a folha de pagamentos, em vez de 20%. Mas a Fazenda invalidou o benefício com a medida provisória (MP) 1202/2023, alegando que não havia previsão para a renúncia tributária no Orçamento deste ano.A decisão desagradou a deputados e senadores, que haviam aprovado a medida sob pressão de prefeitos, às vésperas das eleições municipais. Diante da resistência, a Fazenda voltou atrás e, neste momento, negocia a apresentação de um projeto de lei (PL) com uma saída de meio-termo.A promessa é de que o texto seja concluído até o início da semana que vem e possa ser apresentado por um deputado da base governista. Isso livraria a Fazenda de apontar, em um primeiro momento, como pretende compensar essa renúncia.Continua depois da publicidadePela proposta elaborada pela equipe econômica, a contribuição ao INSS começará em 14% e subirá 2 pontos porcentuais por ano, até o programa acabar em 2027. O impacto fiscal estimado para 2024, em perda de arrecadação para a União, é de R$ 4 bilhões.A lógica de limitar a vigência do benefício a três anos é a mesma com a qual trabalha a Fazenda na desoneração da folha de 17 setores econômicos, que também será objeto de projeto de lei. Os temas constarão em PLs que tramitarão em paralelo, segundo a negociação atual.O terceiro PL em negociação entre Fazenda e Congresso restringe o alcance do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado durante a pandemia e estendido pelos parlamentares até 2027.A equipe econômica pretendia extinguir o benefício tributário neste ano, alegando que o se for better SEO.