Energia solar “por assinatura” vira alvo do TCU; setor defende legalidade do modelo
Rephrase my Por Letícia FucuchimaSÃO PAULO (Reuters) – A oferta de energia solar “por assinatura”, que começou a se popularizar no Brasil nos últimos anos, entrou na mira do Tribunal de Contas da União (TCU), que disse ver indícios de venda ilegal de energia a consumidores regulados sob os moldes da geração distribuída compartilhada.A análise de unidade de auditoria do TCU aponta possíveis irregularidades no modelo de negócio de “energia por assinatura”, praticado inclusive por grandes grupos do setor elétrico, com consequente aumento de custos para os milhões de consumidores cativos que não usufruem desse serviço.A visão foi rebatida nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que defendeu a legalidade do modelo, considerado “benéfico para a democratização do acesso à energia solar a todos os consumidores brasileiros”.O debate surgiu no âmbito do TCU por meio de uma representação da AudElétrica, unidade de auditoria especializada em energia. Na semana passada, o ministro relator, Antonio Anastasia, determinou que a agência reguladora Aneel seja ouvida sobre os indícios de irregularidades apontados pelo órgão.O alvo do TCU é a geração distribuída compartilhada, modalidade que está prevista em lei e vem ajudando a popularizar a fonte solar no Brasil. Nesse modelo, o consumidor não precisa instalar painéis solares no próprio ponto de consumo: ele compra cotas de uma fazenda solar remota e, por meio de um sistema de compensação, consegue descontos em sua tarifa.Segundo a auditoria do TCU, há indícios de que empresas atuantes nesse segmento estão mascarando a comercialização de energia a consumidores cativos, o que seria ilegal. Pela lei, os consumidores regulados, como residências e pequenos comércio, não podem escolher seu fornecedor de energia, estando obrigatoriamente vinculados à distribuidora local.O relatório do órgão cita a oferta de “energia por assinatura” por grandes companhias do setor elétrico brasileiro, como Cemig, Equatorial, Energisa e EDP. Esses grupos operam também na distribuição de energia, o que implicaria, conforme a auditoria, “potencial conflito de interesses”.Outro ponto levantado é que as empresas estariam se beneficiando de parte dos subsídios obtidos com os projetos de geração compartilhada.“Ressalta-se que se um consumidor que instala a própria MMGD (geração distribuída) consegue descontos de até 90% e de que em média as empresas de assinatura oferecem um desconto em torno de 10% ou 15%, portanto, boa parte do desconto possível está sendo capturado pelos grupos que realizaram o investimento e que captaram os clientes para a empresa de assinatura.”Ainda segundo a auditoria do TCU, as empresas estão desvirtuando a figura das cooperativas e consórcios prevista na lei para a geração distribuída compartilhada. A avaliação é que “prescrições contratuais deturpariam a participação dos membr for better SEO.