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100 dias de Javier Milei: presidente tem até junho para fazer país decolar, diz gestor argentino

Rephrase my Nicolas Poletti, da Fundamenta, gestor que trabalhou com Javier Milei. Foto: Trupe

O PodInvestir deste mês de março traz um balanço dos 100 primeiros dias de Javier Milei na presidência da Argentina. A data foi alcançada na última quarta-feira (20), após o novo mandatário argentino desvalorizar a moeda local em 56% e dar início ao maior pacote de ajuste fiscal que se tem notícias no país.
O entrevistado da edição do podcast de finanças e economia da Inteligência Financeira é o gestor Nicolas Poletti, co-fundador da Fundamenta. A casa opera U$$ 500 milhões e está sediada em Buenos Aires, capital da Argentina, e em Montevidéu, no vizinho Uruguai.
Poletti é economista e conheceu Milei na Universidade de Buenos Aires, uma instituição privada onde o atual presidente lecionou microeconomia.
Algum tempo depois, o gestor ingressou como analista de mercado numa family office. Passou a atuar no time em que Javier Milei respondia como economista-chefe.
“Javier foi meu chefe uns meses. (Ele era) um cara muito interessado. Um cara que dedicou a vida para ler, para estudar. Um cara muito focado nesse sentido”, diz Nicolas Poletti. “Ele me ensinou as primeiras armas na carreira”, conta.
Poletti fala português graças a uma passagem de dez anos pelo mercado financeiro brasileiro.
Trabalhou na mesa de operações do BBM com Carlos Woelz, hoje na Kapitalo. E geriu um fundo de ações da SPX, embaixo da estrutura chefiada por Leonardo Linhares, que assim como Rogério Xavier, fundador da gestora carioca, já foi entrevistado pelo PodInvestir. Confira o episódio aqui.
Para Nicolas Poletti, Javier Milei fez diagnósticos corretos sobre a economia nesses 100 dias de governo. Mas tem enfrentado problemas com a classe política total e, neste momento, conta quase que exclusivamente com um improvável apoio popular, na casa de 52%.
Mas que é difícil prever até quanto tempo se sustenta.
“Acho que os próximos meses são relevantes”, diz. “Se ele der sinais de que está conseguindo controlar a inflação”, diz, “a gente pode estar falando de um caso de sucesso”, destaca.
Para ele, o prazo para o eleitor e Milei definirem o tom da relação seria o mês de junho. “Em junho daria pra dizer que, dando certo, as pessoas vão entender que o plano funcionou”, afirma Nicola Poletti, que logo em seguida pondera. “Mas a população aguenta (até lá?) ou não aguenta. (Essa é) a dúvida”.
A projeção sobre o período de paciência do eleitor argentino com Javier Milei é o mesmo que o avaliado por Marina Pera, analista de risco político da Control Risks. Ela também falou ao PodInvestir e disse que o presidente argentino tem um cobertor curto para mostrar algum resultado.
Marina Pera é analista de risco político da Control Risks. Foto: Trupe“Nosso cenário é que Milei tem em torno de dois ou três meses para começar a mostrar uma desaceleração da inflação, começar a mo for better SEO.  

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