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No Brasil, Macron diz que Amazônia é ‘cobiçada’, promete apoio a indígenas e investimento de R$ 5 bi

Rephrase my Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, ao lado de Emmanuel Macron, presidente da França na Baía do Guajará, em Belém (PA) Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Em visita a Belém do Pará, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta terça-feira (26) que a floresta amazônica é “cobiçada” e prometeu apoiar a causa indígena de comunidades brasileiras.
Macron e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciaram também um programa que pretende investir 1 bilhão de euros (R$ 5 bilhões) na bioeconomia da Amazônia brasileira e da Guiana Francesa, território ultramarino da França na América do Sul.
Segundo uma declaração conjunta dos governos brasileiros e francês, investimento será realizado nos próximos quatro anos e terá colaboração entre bancos públicos brasileiros e a Agência Francesa de Desenvolvimento. Além disso, há a previsão de investimento privado no projeto.
Macron desembarcou em Belém (PA) para a visita de Estado de três dias no Brasil e promoveu na Ilha do Combú a condecoração do cacique Raoni Metuktire, do povo Caiapó, que recebeu o título de cavalheiro da Legião de Honra, a mais alta distinção francesa.
Durante a cerimônia, Raoni tocou em um ponto incômodo e apelou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não permita a conclusão das obras de uma das principais ferrovias de interesse do agronegócio brasileiro, a “ferrogrão”, entre Sinop (MT) e Mirituba (PA). A ferrovia sofre objeção de indígenas e ambientalistas por causa dos possíveis impactos na conservação florestal, mas é considerada estratégica para o escoamento da produção do Centro-Oeste.
Raoni também pediu que ele demarque terras indígenas pendentes e garanta orçamento para a Fundação Nacional dos Povos Índigenas (Funai). Além do petista, o cacique homenageado cobrou que Macron apoie a entidade. Raoni também pediu apoio dos presidentes Lula e Macron para concorrer ao prêmio Nobel da Paz.
“Presidente Lula, me escute, eu subi com a rampa na posse e quero pedir que vocês não aprovem o projeto de construção da ferrogrão. Sempre defendi que não pode ter desmatamento, não consigo aceitar garimpo. Quero pedir, presidente, que você trabalhe para que não haja desmatamento e que você demarque terras indígenas para comunidades que não tem terra ainda e que apoie a Funai a ter recursos financeiros para trabalhar pelas comunidades indígenas. Presidente Macron, lembre e apoie essa presidência da Funai”, disse Raoni.
Lula não respondeu ao pedido de Raoni. O cacique chamou Lula de “irmão” e Macron de um “filho”.
Macron afirmou que havia se comprometido com Raoni, que há anos mantém estreita colaboração com autoridades francesas e costuma viajar a Paris, “a conhecer esta floresta tão cobiçada” e reconheceu que Raoni “sempre lutou para defendê-la durante décadas”. O presidente francês afirmou for better SEO.  

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