Ibovespa passa a subir com agro e petroleiras, mas caminha para fechar trimestre em queda; dólar fica estável
Rephrase my Agente financeiro acompanha desempenho de ativos na B3, a bolsa brasileira. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
A bolsa de valores hoje opera em alta, embora o ganho seja insuficiente para evitar que o primeiro trimestre de 2024 feche com perdas sensíveis depois dos 134 mil pontos no último dia de dezembro, patamar nominal recorde.
As incertezas quanto ao início e dimensão do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos empurraram os ativos de risco de mercados emergentes para baixo ao longo do primeiro trimestre do ano.
Apesar disso, o dia é de ganhos na bolsa de valores hoje.
Perto das 12h25 desta quinta-feira (28), o Ibovespa operava em alta de 0,38%, a 128.172,83 pontos, incrementando os ganhos do pregão anterior. Ainda assim, o índice acumula queda de 4,5% no ano.
No horário mencionado, o Iagro, índice do setor agro na bolsa, subia perto de 1%, com destaque para Marfrig (MRFG3), que avançava 9,96%. BRF (BRFS3) subia 3,04% e São Martinho (SMTO3) tinha alta de 2,84%.
As petroleiras também davam suporte ao índice, com a Prio (PRIO3) avançando 2,66%, a 3R (RRRP3) subindo 2,18% e a Petrobras em alta de 1,20% (PETR3) e 1,18% (PETR4).
Simultaneamente, o dólar subia discretamente, alta de 0,04%, a R$ 4,994, com alta anual de quase 3% até então.
Da mesma maneira, o DXY, que mede o desempenho global do dólar, avançava 0,14%, a 104,49 pontos.
Divulgado pelo Banco Central na manhã desta quinta, o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) mostrou ajuste de alguns indicadores. Nesse sentido, os preços de serviços subjacentes, que já chamavam a atenção dos investidores, foram revisados para cima.
Ainda assim, o texto indica chance menor de estouro da meta inflacionária.
Por outro lado, o Banco Central também revisou o PIB, agora com expectativa de fechar 2024 com alta de 1,9%, mas caminhando para números ainda maiores, segundo Paulo Gala, economista-chefe do banco Master.
“Depois desses dados de janeiro e fevereiro, o crescimento vai para cima de 2%, com destaque para dados muito fortes de serviços e varejo e, ontem, o Caged também veio muito forte, com criação de vagas em fevereiro bem acima do esperado, um dos melhores desempenhos dos últimos dez anos”, destaca o economista.
Contudo, dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados nesta quinta-feira (28) pelo IBGE, mostram que a taxa de desocupação no Brasil chegou a 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024. Esse resultado representa uma alta de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2023.
O quadro geral, segundo Gala, é de uma economia forte para o restante do ano, mas com ressalvas quanto ao comportamento da inflação, que pode mudar o destino dos juros no país.
“O forward guidance já mudou. A Selic baixará a 10,25% na reunião de maio e, depois disso, não dá para saber o que vai acontecer (com os juros)”, alerta.
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