Com o último corte da taxa de juros brasileira pelo COPOM, ficamos com uma das menores diferenças entre as taxas de juros brasileiras e norte americanas da história, isto significa uma diferença de 5,9% ao ano.
Segundo pesquisa feita pela Economatica, a tendência é que esta diferença fique menor ainda neste primeiro semestre, pelo menos até enquanto o COPOM sinalize uma queda da taxa para a próxima reunião e os EUA se mantenha no mesmo patamar.
Porém Jerome Powell ainda não vê espaço para uma diminuição da taxa de juros dos EUA, uma vez que a inflação ainda “ronda as estradas” norte americanas, e por isto as tomadas de decisões serão analisadas a cada reunião do Federal Reserve (FED), caso esta diferença diminua cada vez mais poderá haver uma fuga de dólares do Brasil para os Estados Unidos, criando impactos consideráveis em nossa economia a começar pela Bolsa de Valores.
Isto porque esta diferença fará com que nosso mercado interno não seja mais tão atrativo aos olhos do mundo; e, entre escolher uma taxa de juros de um país com um rating médio e uma taxa de risco muito próxima, mas de um país com um rating AAA, qual você pensa que os investidores mundiais colocarão seu rico dinheirinho?
Poderá também haver uma evasão de dólares já alocados nos nossos títulos públicos ou em nossa bolsa de valores para os títulos extremamente seguros do governo norte americano, havendo uma queda brusca no valor do Ibovespa.
Por outro lado, alguns economistas entendem que nossa bolsa já está bastante descontada, porque boa parte dos investidores estrangeiros já estão investindo novos valores no mercado americano que é mais seguro e portando os novos recursos não estão mais sendo direcionados ao mercado brasileiro, sinalizando que pode ser uma boa oportunidade para tem quem um horizonte de tempo longo investir em nossa Bolsa, pois quando esta diferença voltar a crescer, seja pela diminuição da taxa norte americana ou pela alta de nossa taxa SELIC a tendência é que haja uma alta considerável em nossa bolsa pela entrada de dinheiro estrangeiro nesta linha de investimento no país.
Para se ter uma ideia, 55% de nossa bolsa é de investidores estrangeiros, por outro lado, a SELIC mais baixa vai fomentar linhas de crédito que financiarão empresas em seus projetos, construções, gerando empregos e fazendo a economia girar em uma outra maneira com o dinheiro gerado prioritariamente em nosso país.
32 anos de experiência no mercado financeiro com cargos de liderança, gestão de equipes e recursos, sou formada em Administração, Licenciada em Letras e Pedagogia, com Pós e MBA em Comércio Exterior, Mercado de Capitais e Negócios Bancários pela FGV e Consultoria de Imagem pelas Belas Artes.
