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Saída do investidor estrangeiro na B3 chega a US$ 22 bi; saiba como proteger seus investimentos

Analista avalia movimento do mercado. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O fluxo negativo da B3 provocado pela saída do investidor estrangeiro em 2024 deve gerar uma fuga à liquidez. Esta é a avaliação de gestores e economistas ouvidos pela Inteligência Financeira ao ponderarem que, para evitar a volatilidade causada pelo investidor externo, investidores brasileiros devem considerar o retorno da renda fixa. Ou local ou americana.
De toda forma, especialistas citam que o investidor estrangeiro pode retornar com sinais mais claros da economia brasileira. O mercado pondera, no momento, se o Brasil tem mais riscos que atrapalham o investimento estrangeiro, ou se uma “lição de casa” pode levar ao retorno do capital externo.
O investidor estrangeiro sacou cerca de R$ 22 bilhões da B3, conforme dados da bolsa de valores sobre agentes não residentes até 26 de março.
Em abril, por enquanto, o fluxo estrangeiro permanece negativo. No primeiro pregão do segundo trimestre, o investidor não residente retirou R$ 1,2 bilhões do mercado de capitais do país.
Apesar dos números serem uma pista do saldo negativo do Ibovespa no ano, o investidor estrangeiro ainda não tirou o pé do Brasil por completo. Fora da bolsa, o déficit de transações correntes do Investimento Direto no País (IDP), medido pelo Banco Central, é bem menor: de R$ 4,4 bilhões em fevereiro.
Isso porque o investidor estrangeiro está saindo da bolsa e indo para títulos de renda fixa brasileira, analisa o sócio e gestor da MAG, Sérgio Machado.
Ele vê um movimento mais favorável, nesse sentido, para papéis de “dinheiro à vista”.
Em outros termos, o famoso overnight é uma das principais apostas do investidor estrangeiro no momento.
“Há um movimento de saída, mas não na mesma magnitude da B3. O investidor de bolsa tende a manter-se alocado no médio a longo prazo”. O destino principal do estrangeiro que quer alocar em Brasil é em títulos atrelados à Selic, aponta o gestor.
“O investidor estrangeiro está hoje em algum instrumento de liquidez. Seja uma Letra Financeira do Nacional (LFT, atrelado à Selic) ou um fundo de liquidez. É um carrego muito mais favorável”, diz.
Mas gestores concordam que o apetite do estrangeiro no Brasil foi reduzido pelo aumento de duas incertezas. A primeira sobre o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, fora do controle do Brasil. A segunda está ligada ao ruído vindo de Brasília.
Porta-vozes do mercado afirmam que o investidor estrangeiro só voltará ao Brasil, tornando o fluxo positivo, se houver estabilidade na relação entre o risco e o retorno da bolsa e da economia.
Do lado do Brasil, a lição de casa a fazer é diminuir os ruídos políticos acerca da meta fiscal, avalia o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori.
O governo já enfrentou essa desconfiança por parte do mercado em 2023, mas superou expectativas. Contudo, neste ano, “essa expectativa entrou mais az  

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