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Montadoras de veículos veem mercado interno aquecido, mas exportação cai

SÃO PAULO (Reuters) – As vendas de veículos novos no início de abril foram as melhores para o mês desde 2014, e montadoras avaliam que o desempenho é um indicativo de tendência de recuperação do mercado interno auxiliado pela queda de juros, embora as exportações sigam enfrentando fraqueza.Os licenciamentos da primeira semana do mês foram equivalentes a uma média por dia útil de 10,6 mil unidades, acima das vendas diárias de 9,4 mil veículos de março, que por sua vez marcaram o maior movimento do primeiro trimestre, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela associação de montadoras, Anfavea.“A primeira semana de abril foi a melhor para o mês desde 2014”, disse o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, a jornalistas. “Isso marca uma tendência de mercado que realmente tem mostrado crescimento”, acrescentou.Apesar do crescimento, a Anfavea por ora segue mantendo a previsão de que o mercado interno vai ter vendas 7% maiores em 2024, previsão que é bem menor que a expectativa de crescimento de 12% dos concessionários de veículos reunidos sob a Fenabrave.No primeiro trimestre, as vendas de veículos novos cresceram 9,1%, para 514,6 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou a Anfavea mais cedo.A produção, porém, estacionou. O volume de veículos montados no país de janeiro ao fim de março cresceu apenas 0,4%, a 538 mil unidades, em meio a uma queda de 28% nas exportações e um crescimento de 38% nas importações, para cerca de 90 mil veículos.A queda nas exportações veio com um tombo de 54% nas vendas externas para o México em março, algo que Leite afirmou se tratar de um efeito sazonal, uma vez que o país tem sido o principal mercado da indústria brasileira de veículos há vários meses, superando a Argentina, que historicamente é o maior destino das montadoras locais.Já as importações têm sido impulsionadas pelo aumento gradual da tributação dos modelos híbridos e elétricos desde o início deste ano.A Reuters publicou na semana passada que, entre janeiro e março, as importações de carros aumentaram 46,4% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 1,5 bilhão de dólares, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Só os veículos chineses, principalmente elétricos e híbridos, representaram cerca de 40% do total, com suas importações aumentando 450% em comparação com o mesmo trimestre de 2023.A participação de veículos elétricos e híbridos subiu para 7,5% no primeiro trimestre ante 4,3% no final de 2023, sendo equivalente a 36 mil unidades, pouco menos de um terço do total dessa categoria licenciada em todo o ano passado.Com a produção estável, os estoques de veículos novos à espera de compradores fecharam março em 222,3 mil unidades ante 217,6 mil em fevereiro, distantes de níveis pré-pandemia de entre 330 mil e 340 mil unidades, segundo os dados da Anfavea.Esse volume não inclui os cerca de 20 mil a 30 mil veículos  

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