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BCE larga na frente do Fed, mas Brasil olha para rival latino

Depois de a inflação ao consumidor nos Estados Unidos fechar a porta para corte nos juros pelo Federal Reserve em junho, o Banco Central Europeu abriu nesta quinta-feira (11) o caminho para iniciar o ciclo de queda ainda neste semestre. “BCE abre oficialmente a porta para corte em junho”, afirma Carsten Brzeski, head global de macro do ING, num comentário logo após o anúncio da decisão.O Brasil, você sabe, começou seus cortes há oito meses. Mesmo assim, o juro real daqui segue em destaque no ranking mundial dos 40 países mais relevantes para o mercado de renda fixa. É o que mostra um levantamento do site MoneYou. O estudo considera as taxas de juros nominais e subtrai a inflação projetada para os próximos 12 meses. Com base no mais recente levantamento, feito em março, o Brasil é o segundo maior pagador de juros reais do mundo, atrás apenas do México. Após o mais recente corte na taxa Selic, para 10,75%, e considerando-se a estimativa para o IPCA neste ano, na ocasião, o juro real brasileiro estava em 5,90%. Brasil é o segundo maior pagador de juro real do mundo, atrás apenas do México, que ficou caro’Na liderança, com certa folga, estava o México (7,46%). A Rússia completava o pódio, pagando juro real de 5,87%. Logo atrás, vinha a Colômbia, pagando juro real de 5,85%. Para se ter uma ideia, o Reino Unido era a primeira economia desenvolvida que aparecia no ranking, em sexto lugar, com juro real de 3,79%. Três posições atrás, em nono, estava os EUA, com 2,93% – a maior economia do mundo, portanto, figurando no top 10. Agora, com o resfriamento na expectativa sobre o volume de cortes pelo Federal Reserve, é possível que a diferença entre o juro real daqui e o de lá diminua. A não ser que o Comitê de Política Monetária mude de ideia.
“Se o Copom cortar o juro aqui muito rápido e o diferencial de juros reais com os EUA se aproximar muito, isso reduz a atratividade ao investidor estrangeiro”, 
Jason Vieira, economista e responsável pelo levantamento do MoneYouEle explica que, nessa conta, entra a “segurança do investimento”. “No caso europeu, é um pouco mais enigmático, pois o conjunto da zona do euro produz um único juro nominal, mas cada país ali produz um juro real diferente, tanto pelo diferencial de juros dos títulos individuais de cada país, como pela diferença de inflação”, completa o economista.Assim, para os estrangeiros, se o BCE irá largar na frente do Fed é preciso recalcular a rota, em busca de maiores retornos com base no diferencial de juros reais. Essa discrepância de taxas praticadas entre os países tende a atrair (ou a afugentar) dólares, levando-se em conta ainda o risco local.   Nesse quesito, a comparação se dá entre pares – e não entre Brasil e EUA ou zona do euro, por exemplo. Isso porque a atratividade dos juros reais é sempre em cima de referenciais. Por exemplo, o Brasil e o México são ‘pares iguais’. Para o Santander, uma das  

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