Como o FII do BTG virou queridinho do mercado mesmo com dividendo ‘baixo’
O BTG Pactual Logística (BTLG11) foi um dos fundos imobiliários para se investir em abril
Analistas veem com otimismo o trabalho de gestão feito no fundo, com reciclagem de ativos e portfólio concentrado na região de SP
Dividend yield do BTGL11 é “modesto”, mas recomendações o veem como opção segura até para a renda
O fundo de investimento imobiliário (FII) BTG Pactual Logística (BTLG11) está nas graças do mercado. Não só é um dos maiores FIIs de tijolo da indústria, com um patrimônio líquido de R$ 4,2 bilhões, como figura há alguns meses no topo das recomendações mensais de corretoras e casas de investimento. Em abril, o ativo esteve presente em 9 das 13 carteiras recomendadas de FIIs consultadas pelo E-Investidor.Leia tambémQuem recomenda a compra do FII destaca o trabalho que vem sendo feito no portfólio de galpões logísticos, com venda de ativos, compra de novos imóveis, gestão de contratos de aluguel e pagamento de dívidas. Trata-se de uma estratégia de reciclagem de ativos para destravar lucro e incrementar a distribuição aos cotistas – os dividendos que tanto atraem o investidor pessoa física para essa indústria.Atilio Garcia, analista de Research do Trix, aplicativo de investimentos da gestora TRX, dá como exemplo dessa estratégia a venda do ativo BTLG SBC, uma antiga fábrica da Ford localizada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.“A transação foi concluída por um valor aproximado de R$ 212 milhões, dos quais o fundo já capitalizou R$ 25 milhões correspondentes ao pagamento de sinal”, diz. “Além disso, está previsto o recebimento de R$ 62 milhões em maio, possibilitando ao fundo reconhecer o lucro ainda no primeiro semestre, o que pode resultar em um impacto positivo na distribuição de dividendos aos investidores.”PublicidadeInvista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosAlém da estratégia em voga no fundo, o BTLG11 também agrada analistas devido à composição de seu portfólio. Ao todo, o ativo é composto por 23 galpões logísticos, com 45% da receita concentrada em um raio de 30 km da cidade de São Paulo, uma região com baixa vacância e maior preço de aluguel por metro quadrado.“Esse raio em específico vem apresentando uma dinâmica comercial muito positiva já há alguns trimestres e isso deve continuar ao longo dos próximos trimestres que virão”, explica Marx Gonçalves, sócio e analista de FIIs da Nord Research.A boa dinâmica comercial na região de SP se deve a alguns motivos. A alta dos preços de materiais de construção, por exemplo, vem ajudando a limitar a expansão da oferta de galpões e o cenário permite um aumento do valor de aluguel das áreas já construídas. As vacâncias caíram e muitos proprietários de imóveis têm conseguido reajustar os aluguéis acima da inflação. “É exatamente o caso do BTLG11, que tem revisões e renovações de contratos a serem feitas e tudo