Últimas Notícias

Itaú BBA vê chance de alta de até 40% pós-fusão Soma (SOMA3) e Arezzo (ARZZ3) e recomenda compra

Loja da Arezzo (ARZZ3) no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro (RJ) Foto: Divulgação

A aquisição do Grupo Soma (SOMA3) pela Arezzo (ARZZ3) gerou desconfiança no mercado e derrubou o preço das ações. Isso pode ter aberto uma janela de valorização importante pela frente, com potencial de alta de até 40%, segundo o Itaú BBA.
Segundo o banco, o potencial de alta “é tão grande nos preços atuais” que independe da consolidação de sinergias entre as duas empresas para que que as empresas sejam negociadas a um múltiplo preço/lucro em 2025 de 11,3 vezes.
Nesse sentido, a recomendação é de compra para ambas, com preço-alvo de R$ 74 para Arezzo e R$ 9 para Soma. Com isso, o potencial de alta é de 37% e 40%, respectivamente.
“A incorporação da Soma pela Arezzo posicionará a nova empresa como um dos nomes mais líquidos e de alta qualidade em nossa cobertura varejista, o que provavelmente atrairá novos compradores marginais para a tese (particularmente investidores internacionais) e poderia acelerar a reavaliação da ação”, diz o Itaú BBA em relatório.
As empresas, que já estavam descontadas na bolsa, viram seus preços caírem 14% (Arezzo) e 17% (Soma) desde o anúncio do negócio. Segundo o Itaú BBA, as preocupações dos investidores estavam relacionadas à complexidade da integração da fusão e aquisição.
Além disso, o mercado via com ceticismo o potencial de venda cruzada entre as marcas, especialmente devido ao risco de canibalização com a oferta de calçados e bolsas nas marcas do Grupo Soma.
O cenário negativo foi agravado, mais recentemente, pelo momento negativo nos lucros do primeiro trimestre, que ainda precisam ser consolidados.  
O Itaú BBA vê os temores como injustificáveis e aponta que, com relação à sinergia, “a nova empresa provavelmente não enfrentará um processo de integração complexo, dada a sua estrutura de negócios descentralizada”.
Com relação ao incremento de vendas, a expectativa do banco é que haja importante expansão da venda de calçados e bolsas nas marcas do Grupo Soma. A instituição financeira não descarta canibalização dos negócios nesse segmento. Ainda assim, os números finais devem ser favoráveis para a nova empresa.
Além disso, os lucros provavelmente mostrarão uma melhora sequencial já no segundo trimestre, “favorecido por uma base de comparação melhor do que a do primeiro trimestre de 2024”, segundo o IBBA, ainda que 2024 seja mais fraco em termos de vendas do que 2023.
Há ainda a perspectiva de sinergias fiscais que possam gerar uma base de pagamento maior de juros sobre capital próprio.
É esperada também melhoria da dinâmica de vendas e rentabilidade de franquias da Hering, bem como eficiências fiscais nas operações internacionais e a aceleração de outras marcas de vestuário masculino, como a Foxton.  

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo