Como a Petrobras conta com a Nvidia para achar petróleo e gás e fazer testes em reservatórios
Centro de Distribuição da Petrobras no SIA, Terminal Terrestre de Brasília, onde se armazena e distribui produtos da companhia para os postos de combustíveis do Distrito Federal (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O supercomputador da Petrobras (PETR3; PETR4) Pégaso tem utilizado soluções da Nvidia (NVDA; NVDC34) para explorar petróleo e gás no fundo do mar e onde mais a empresa brasileira precisar, além de realizar testes de fluxo de fluídos em regiões de acesso restrito.
Na verdade, a parceria entre as duas gigantes existe desde o início dos anos 2000. Contudo, o uso mais intenso das soluções da Nvidia por parte da Petrobras ocorreram a partir de 2007.
As contribuições mais expressivas que a Nvidia trouxe para a petroleira são da área de Computação de Alto Desempenho (HPC), tecnologia que ajudou a levar a Nvidia ao patamar de uma das empresas mais valiosas do mundo.
“Hoje, a maior parte da nossa capacidade HPC está nas GPUs da Nvidia. Segundo o ranking TOP500, os cinco maiores supercomputadores da América Latina são da Petrobras e usam GPUs Nvidia”. A afirmação é da própria Petrobras em resposta à Inteligência Financeira.
Os maiores supercomputadores da Petrobras usam GPUs Nvidia principalmente para estudos geocientíficos. “Estes estudos são essenciais para descobertas de novos reservatórios de óleo e gás”, diz a estatal.
A companhia também destaca a utilização das soluções da Nvidia para aplicação de inteligência artificial, especialmente para redução de riscos relacionados à exploração das matérias-primas em locais de difícil acesso.
A maioria dos produtos Nvidia é colocada nos computadores da Petrobras por outras empresas. Portanto, não há contratos diretos relevantes entre as gigantes americana e brasileira.
Por outro lado, contratos entre essas empresas intermediadoras envolvendo a Petrobras ultrapassam a casa do bilhão de reais, segundo a Positivo Serves & Solutions, uma das fornecedoras.
Nesse sentido, algumas das companhias que atuam na solução de HPC da Petrobras são a Atos, integradora francesa que faz a clusterização desses equipamentos, a americana Supermicro, fabricante de servidores, e a já mencionada brasileira Positivo Serves & Solutions, um dos braços da Positivo (POSI3).
Nas soluções da Petrobras para HPC, os servidores Supermicro são industrializados pela Positivo Serves & Solutions em Manaus (AM).
Nesse sentido, a Nvidia entra com a oferta das placas de processamento, que são uma espécie de cérebro dos supercomputadores, e a Atos com a integração, implementando os servidores física e logisticamente em clusters para formar a estrutura do supercomputador.
O Pégaso, um dos supercomputadores da Petrobras e um dos mais potentes da América Latina, tem 30 toneladas de componentes, distribuídas em racks que somam 35 metros.
A montagem desse supercomputador, inclusive, exigiu 32 caminhões pa