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‘Incorporadoras têm desafio com financiamento e mão de obra, mas vivem seu melhor momento, diz Luiz França, da Abrainc

Luiz França, da Abrainc, fala sobre mão de obra em incorporadoras. Foto: Mariana Pekin/Bufalos

Em um mercado com poucas novidades, o bloco de empresas de construção é, hoje, uma rara exceção. Turbinadas pela nova fase do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), os papeis do setor registram forte alta e, segundo analistas do mercado, devem continuar nesse passo, na medida em que as incorporadoras seguem acelerando seus lançamentos.
Existem riscos no horizonte, apontam os analistas de mercado. No longo prazo, as fontes de recursos para financiamento, o ‘funding‘ para a construção. No curto e médio prazo, os riscos vem da pressão em torno da mão de obra. O problema, diga-se, foi recorrente em outros ciclos de expansão imobiliária.
Para falar sobre isso, a Inteligência Financeira entrevistou Luiz Antônio França, presidente da Associação Brasileiras das Incorporadoras (Abrainc).
Segundo ele, “todo mundo se preocupa, obviamente, com mão de obra”. Mas diz que esse é um problema geral no Brasil. “Todos os setores tenderão a enfrentar problemas de mão de obra” , diz.
Confira a entrevista a seguir em dois formatos. Por escrito, com os principais trechos. E, em vídeo, no final da matéria, com a conversa na íntegra.
Acho que o Brasil é atrativo no mercado imobiliário. Nós temos um déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias. E, além do déficit, você tem a formação de novas famílias. Então, para os próximos dez anos, será necessário construir mais 11 milhões de moradias.
Hoje, o nível dentro das incorporadoras, dos executivos, é altíssimo. E este ‘upgrade’ foi muito importante. Hoje elas estão com capacidade financeira boa. Ou seja, têm caixa e capacidade de investir para trabalhar em função de zerar o déficit.
Sem dúvida nenhuma esse é o melhor momento. O governo, logo que entrou, tomou medidas para que mais pessoas pudessem acessar a casa própria. O gargalo que você tem é de financiamento, porque o ‘funding‘ para o Minha Casa, Minha Vida vem do FGTS. Nós temos certeza de que o FGTS nos próximos dez anos terá sustentabilidade. Mas seria importante outra fonte (de recursos), adicional ao FGTS, para que a gente pudesse construir mais.
Na verdade, o 1% é imposto que já tinha. O que foi feito? Foi reeditado agora esse RET de 1%, que será aproveitado por aquelas empresas que venderem casas para pessoas com renda até R$ 2.600 (a faixa 1, de entrada do programa). Isso, obviamente, é mais um incentivo para que a gente trabalhe com a população de baixa renda.
Acho que em todas as faixas haverá crescimento. E na faixa 1, dado que a gente tem essa capacidade de ter o RET 1%, você deve ter um crescimento um pouquinho mais acelerado, sem dúvida nenhuma.
As empresas estão trabalhando cada vez com mais eficiência para gerar aumento de margem. Isso é uma coisa que eles estão fazendo já há anos.
A empresa recolhe o FGTS para todas as pessoas  

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