Últimas Notícias

Por que a inflação americana à brasileira leva o dólar à máxima em quase seis meses?

PublicidadeSe há um assunto que o brasileiro entende como ninguém, este é a inflação. Após tanto sofrer ao longo dos anos, o Banco Central do Brasil criou uma “expertise” ou “casca grossa” na condução da política monetária, de forma a equilibrar o aperto e o afrouxamento monetário, dentro dos objetivos de atingimento da meta de inflação, traçado pelo governo.Tanto que atualmente, por aqui, o debate encontra-se em até quanto e quando o BC vai cortar a Selic. Isso acontece porque a inflação projetada, pelo Focus, está em 3,77% para 2024, e em 3,50% para 2025 e 2026. Ou seja, dentro da variação da meta, que é de até 4,5%. Claro, surpresas podem aparecer e, por isso, todos os dados de inflação são vistos como uma lupa por analistas. Contudo, na última semana, os dados do IPCA de março desaceleraram, ficando abaixo do previsto por analistas. Assim, a inflação acumulada nos últimos 12 meses no Brasil encontra-se, agora, em 3,93% – portanto, abaixo do teto da meta. Aí é que a inflação brasileira se diferencia da americana.Enquanto no Brasil, a inflação acumulada está abaixo da meta, nos EUA o cenário é ao contrário. Por lá, a meta estabelecida pelo Federal Reserve é de 2% ao ano. Mas, em 12 meses, a inflação ao consumidor americano (CPI) está em 3,5%. Não por acaso, os dirigentes do Fed adotam muita cautela em relação a quando o BC dos EUA vai começar a cortar os juros.Entre os efeitos colaterais dessa equação, de juro alto por mais tempo nos EUA, está a disparada do dólar – não só no Brasil, como de forma mundial. Na sexta-feira (13), o dólar fechou cotado a R$ 5,12, após tocar nos R$ 5,14, atingindo o seu maior patamar em quase seis meses. “O CPI (na quarta) veio bem mais forte e os mercados já estão prevendo que não vai ter uma queda dos juros em julho, passando a ser somente em setembro. Além disso, a visão agora é também de uma queda menor no ano, com dois cortes, sendo que antes a projeção era de três”, expõe José Raymundo de Faria Júnior, sócio e analista da Wagner Investimentos.Como os títulos do tesouro dos EUA são considerados os ativos “mais seguros do mundo”, quando eles pagam taxas maiores, há um fluxo de investimento para esses papéis. Todos os ativos restantes têm, então, de pagar melhores prêmios para continuarem a ser competitivos. A alta dos juros nos EUA, portanto, fortalece o dólar frente a todas as moedas. O DXY, índice que mede a força da divisa americana frente outras de países desenvolvidos, saiu do patamar dos 101,4 pontos no começo do ano para, agora, estar em 106,03 – alta de 4,5%. “Os fundamentos externos estão se tornando mais desafiadores e agem na direção de maior pressão na moeda, com manutenção do cenário de dólar forte e adiamento dos cortes de juros nos Estados Unidos, ainda que seja parcialmente compensado por uma Selic mais alta”, disse em relatório Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.O ban  

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo