Dólar dispara mais uma vez, a R$ 5,17, e Ibovespa desce com conflitos e dados econômicos dos EUA
Veja o desempenho do Ibovespa e do dólar. REUTERS/Amanda Perobelli
A bolsa de valores hoje opera em queda, aumentando as perdas registradas na semana anterior, quando o índice baixou ao patamar de 125 mil pontos. Enquanto isso, o dólar sobe mais uma vez com força, impulsionado também por dados da economia americana divulgados nesta segunda-feira (15).
Nesse sentido, às 10h20, o Ibovespa caía 0,19%, a 125 672.90 pontos, dando sequência às quedas da sexta-feira.
“O forte suporte em 124.800 pontos é o ponto chave dessa discussão. Caso seja perdido, o índice abrirá caminho para mais quedas e encontrará suportes em 120.000 e 111.600 pontos”, diz Fábio Perina, estrategista de ações do Itaú BBA.
Simultaneamente, o dólar volta a emplacar novo recorde, subindo 1,06% no horário mencionado. Com isso, a moeda norte-americana alcança R$ 5,1707, novo patamar recorde para o ano.
Após breve queda na abertura, o dólar passou a subir na manhã acompanhando o fortalecimento dos juros dos Treasuries após as vendas no varejo nos Estados Unidos virem acima do esperado em março e de olho no noticiário fiscal interno.
Nos Estados Unidos, entre os indicadores, as vendas no varejo subiram 0,7% em março ante fevereiro, acima da previsão dos analistas (+0,4%). Sem automóveis, as vendas no varejo avançaram 1,1% em março ante fevereiro. Já o índice de atividade industrial Empire State apontou -14,3 em abril, ante estimativa no mercado de -7.
Nos EUA, esta semana marca o início da temporada de resultados referente ao primeiro trimestre. Nesse sentido, revelam seus números trimestrais grandes corporações como Goldman Sachs, Bank of America, Johnson & Johnson, Morgan Stanley, UnitedHealth Group, Blackstone, Taiwan Semiconductor Manufacturing, Netflix, American Express e Procter & Gamble.
O Goldman Sachs teve lucro líquido de US$ 4,13 bilhões no primeiro trimestre de 2024, 28% maior do que o ganho de US$ 3,23 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira.
Além disso, o mercado financeiro aguarda com expectativa as próximas declarações de diversos oficiais do Federal Reserve ao longo da semana, “em busca de maior precisão sobre as futuras diretrizes de política monetária”, destaca a Guide.
Além disso, o conflito no Oriente Médio colocou os mercados sob alerta e fez disparar apostas em ativos de proteção, como dólar e ouro. “Hostilidades recíprocas durante o fim de semana intensificaram o temor de um conflito regional mais amplo”, avalia a Guide em relatório.
Ainda assim, os ataques protagonizados pelo Irã não significaram um avanço irrecuperável da guerra, mas sim como algo pontual, com o Irã fazendo demonstração de força sem, a princípio, desdobramentos mais sérios.
Com isso, os futuros do petróleo brent registram queda, ficando abaixo dos níveis de US$ 90,00 por barril.
Além disso, o ouro apresentou