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Dólar salta para R$ 5,28, maior patamar desde março de 2023; entenda os motivos

O dólar acelerou o ganho nesta terça-feira (16) e superou a marca dos R$ 5,28 no mercado local, atingindo o maior patamar desde março de 2023. Por volta das 12 horas, a moeda norte-americana à vista ganhava 1,70%, a R$ 5,2736, perto da máxima do dia até o momento, de R$ 5,2877. O dólar para maio subia 1,84%, a R$ 5,2900.Leia tambémPor trás da disparada da moeda está uma “tempestade perfeita” de aversão a risco, agravada pela confirmação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a meta fiscal de superávit de 0,5% estabelecida para o ano que vem não será atingida – em vez disso, o Brasil deve ter déficit zero, mesma meta de 2024.A cotação do dólar nesta terça-feira reforça posições cambiais defensivas no mercado futuro e há também demanda à vista de investidores estrangeiros que estão saindo da Bolsa e do País, após uma piora de percepção sobre as contas públicas, na esteira da mudança das metas fiscais dos próximos anos a fim de ampliar gasto do governo, afirma o diretor Jefferson Rugik, da corretora Correparti.PublicidadeInvista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosSegundo ele, há grande contribuição externa também na precificação da taxa de câmbio diante dos sinais de manutenção de juros por longo período nos EUA, que sustentam a demanda e a alta das taxas dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense), nas incertezas sobre os desdobramentos do conflito Israel-Irã e em relação à economia chinesa.Neste início da semana, o líder da economia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad, confirmou que a meta fiscal de superávit de 0,5% não será atingida. “Isso demonstra que o governo está com dificuldade de arrumar receita e tem aumentado a despesa. Isso traz um medo para o investidor estrangeiro, que aproveitando a onda de juros altos lá fora acaba encorajado a retirar cada vez mais dinheiro do Brasil. E quanto mais dinheiro é retirado daqui, maior fica o preço do dólar”, afirma Gabriel Meira, especialista da Valor Investimentos.No exterior, a falta de visibilidade sobre o início dos cortes de juros nos Estados Unidos vem pressionando o dólar para cima desde o início do ano. Os dados americanos mais recentes de inflação e de emprego, referentes ao mês de março, mostraram que a economia do país ainda está resiliente e os preços continuam avançando acima das expectativas. A conclusão é que a persistência da inflação afasta, cada vez mais, a possibilidade de diminuição das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).Desde julho do ano passado, o país mantém os juros entre 5,25% e 5,5% ao ano, o maior patamar em quase 24 anos. Com a renda fixa mais segura do mundo oferecendo retornos maiores, os investidores estrangeiros tendem a tirar “dólares” de mercados mais voláteis, como o Brasil e demais nações emergentes, e migrar esse capital para os título  

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