Dólar vai a R$ 5,25 e Ibovespa cai a 124 mil pontos com fiscal e exterior no foco
Ibovespa e dólar: confira o desempenho – Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo
A bolsa de valores hoje opera em mais um dia de queda, com o índice baixando a 124 mil pontos, enquanto o dólar avança mais uma vez, a R$ 5,25.
Assim, o mercado repercute os dados da China e a questão fiscal no Brasil. Além disso, ainda impactam os ativos questões do exterior como a economia norte-americana e as tensões no Oriente Médio.
Assim, perto das 10h35 desta terça-feira (16), o Ibovespa descia 0,85%, a 124.265.74 pontos. No pregão anterior, o principal índice da bolsa fechou em queda.
O dólar voltou a subir pela quinta sessão consecutiva no mercado local, refletindo a valorização dos rendimentos dos Treasuries e da divisa americana frente outros pares do real ligados a commodities em meio à espera de discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no começo da tarde.
Nesse sentido, no horário mencionado, o dólar subia a R$ 5,2502, com alta de 1,27%.
No exterior, a moeda norte-americana também avançava, embora de maneira mais discreta. O DXY, índice global do dólar, subia 0,07%, a 106,28 pontos.
Nesta manhã, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, garantiu que o Brasil vai buscar o déficit zero no ano que vem, apesar da banda inferior da meta de resultado primário garantir a possibilidade de um déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) nas contas públicas em 2025.
“Queremos garantir que o Brasil nunca mais gaste além do que arrecada”, reforçou a ministra.
No mercado, os economistas reagiram mal à alteração das metas fiscais dos próximos anos, sacramentada ontem no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025.
Embora os números sejam considerados mais críveis, os especialistas ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) avaliam que passa um recado ruim, de uma política mais expansionista de gastos e alguns agentes já consideram a chance de uma nova rodada de alta da Selic ano que vem.
No Brasil, a Vale (VALE3) enfrenta possíveis reações adversas decorrentes da desvalorização recente do minério de ferro, à medida que se aproxima a divulgação de seu relatório de produção. “A Moody’s destacou incertezas envolvendo a mineradora e outras grandes corporações”, diz a Guide
Isso porque na China o setor imobiliário caiu mais de 1,5%, à medida que os preços de novas residências na China registraram a maior queda em quase nove anos no último mês.
Mais cedo, o American Depositary Receipt (ADR) da Vale registra queda de 1,25% no pré-mercado de Nova York, pressionado pelo recuo de 1,49% do minério de ferro em Dalian e com o mercado ajustando expectativas para o relatório de produção e vendas da mineradora, que deve ser conhecido após o fechamento.
O PIB da China teve alta anual de 5,3% no primeiro trimestre, bem maior do que se esper