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Por que os brasileiros ainda investem tanto na poupança?

Para quem deseja sair da poupança, as primeiras opções na renda fixa seriam o Tesouro Selic e o CDB de liquidez diária (Foto: Freepik)

O saldo da aplicação na caderneta de poupança subiu pela primeira vez no ano, com o registro de mais depósitos do que saques em março. As entradas superaram as saídas em R$ 1,3 bilhão, de acordo com relatório do Banco Central. Mas, afinal, por que os brasileiros insistem tanto em investir na poupança, mesmo com a existência de outros produtos tão seguros e que rendem mais que a caderneta? Confira o que dizem os especialistas.
De acordo com Filipe Arend, head de renda fixa da Faz Capital, o principal ponto para o sucesso da poupança entre os brasileiros é a percepção que muitas pessoas ainda têm de que a caderneta é a aplicação mais segura que existe e de que as demais com características semelhantes acabam tendo um risco muito elevado.
“No geral, a poupança está associada aos grandes bancos, com os quais as pessoas no geral já têm um relacionamento de longo prazo e acabam depositando essa confiança muito grande, com essa imagem e percepção de segurança”, pontua ele.
Arend ressalta que isso está muito associado com uma “falta de informação a respeito das alternativas de investimento e das características delas”. Na avaliação do especialista, muitas pessoas não sabem que há aplicações com um menor risco do que o da poupança e uma rentabilidade mais elevada.
Porta de entrada
Na avaliação de Jayme Carvalho, economista-chefe da SuperRico, a poupança é “uma porta de entrada importante no mundo de investimentos”.
“Ela tem um papel importante no aculturamento do brasileiro. O fato de o brasileiro começar pela poupança tem a ver com o conhecimento do produto. É isento de Imposto de Renda e seguro. Não creio que seja tanto falta de informação. E tem uma questão geracional. Pessoas mais velhas preferem o produto”, afirma Carvalho.
Para quem deseja sair da poupança, as primeiras opções na renda fixa seriam o Tesouro Selic e o CDB de liquidez diária. “A gente entende que o dinheiro que está na poupança muitas vezes é para garantir segurança. É a questão de uma rentabilidade sem volatilidade, de ter o recurso no momento em que precisar dele. Então, a gente vê o Tesouro Selic e o CDB com liquidez diária como sendo essas opções à poupança”, afirma o economista-chefe da SuperRico.
Na hora de formar a reserva de emergência ou mesmo juntar dinheiro para um objetivo de curto prazo, o Tesouro Selic e os CDBs, portanto, costumam ser as opções mais recomendadas pelos especialistas. Ambos são investimentos corrigidos pela taxa básica de juros e possuem baixo risco. 
Entretanto, muitos especialistas alertam que investir em CDB só compensa se a remuneração for maior que 100% do CDI. Isso porque o risco é maior que no Tesouro. Por ter a garantia do Tesouro Nacional, ou seja, do governo federal, o Teso  

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