Ibovespa perde força e dólar sobe a R$ 5,26 com juros longos avançando nos Estados Unidos
Painel mostra desempenho de ações na bolsa de valores. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
A bolsa de valores começou o dia em alta, mas devolveu os ganhos no início da tarde, caminhando para aumentar as perdas dos dias anteriores que levaram o Ibovespa para o menor nível desde o segundo semestre de 2023. Hoje, o mercado repercute falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Além disso, investidores observam as movimentações do dólar, que opera volátil, e dos juros futuros nos Estados Unidos, que estão em alta, com destaque para as treasuries de 10 anos, que avançam para 4,64%.
Dessa maneira, perto das 10h25 desta quinta-feira (18), o Ibovespa descia 0,15%, a 124.012,70 pontos.
O dólar começou volátil no mercado à vista, enquanto o dólar futuro de maio exibia alta por ajuste ante o fechamento anterior, com valor inferior ao preço à vista, o que não é habitual.
A queda da moeda à vista no começo do pregão refletiu ajustes em dia de alta de 3% do minério de ferro, que pode ter estimulando vendas de exportadores no mercado à vista.
Contudo, o cenário para o real passou a se deteriorar e, no horário mencionado, o dólar subia 0,36%, R$ 5,2611. O DXY, índice global da moeda, subia 0,06%, a 106,01 pontos.
No exterior, mercados mais animados, com o S&P subindo no pré-mercado depois de quedas consecutivas após reprecificação das quedas dos juros para setembro nos Estados Unidos.No Brasil, os juros futuros curtos e intermediários sustentam viés de alta, ecoando o sinal de possível corte menor da Selic, de 0,25 ponto porcentual em vez de 0,50 ponto porcentual, na reunião de maio (dias 7 e 8) do Comitê de Política Monetária (Copom) dado na quarta-feira pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele volta a falar hoje (14h15, de Brasília).
“A previsão atual indica apenas um possível decréscimo de 0,25 ponto percentual. Consequentemente, a curva de juros futuros sugere que a taxa Selic poderá superar os 10% ao ano”, diz a Guide.
Para Paulo Gala, economista-chefe do banco Master, a perspectiva é de queda para a reunião do início de maio, mas com mudança de cenário. “Avalio que cortarão 0,50%, mas deixarão de sinalizar próximos passos”, avalia Gala.
Com informações do Estadão Conteúdo