CDI e Selic: qual é a diferença e quanto rendem?
CDI e Selic: ambos têm relação entre si e com os juros, mas não significam a mesma coisa (Foto: freepik)
Na hora de aplicar na renda fixa, você busca produtos com rentabilidade atrelada ao CDI ou à Selic? Tanto faz? Pois saiba que, se você está desembarcando no mundo dos investimentos agora, estamos falando de coisas distintas, apesar da rentabilidade parecida. A seguir, entenda a diferença entre CDI e Selic e quanto rendem.
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia, portanto, todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Uma reunião feita pelo Copom (Comitê de Política Monetária), ligado ao BC, define a taxa a cada 45 dias. Essa mudança acontece para que, em meio a uma economia instável, o dinheiro continue circulando e a inflação seja controlada.
A Selic tem forte influência na taxa de remuneração de diversos investimentos e, como resultado, qualquer mudança nela impacta a rentabilidade desses produtos financeiros. São os seguintes:
Títulos do Tesouro Direto (Tesouro Selic);
Caderneta de poupança;
E investimentos de renda Fixa.
Mudanças na taxa Selic impactam o CDI, um dos índices de rentabilidade mais usados por investimentos de renda fixa. Ou seja, quando a taxa Selic diminui, o CDI também fica mais baixo.
CDBs, LCIs, LCAs, LCs são os investimentos mais comuns que usam o CDI como indicador de rentabilidade. Assim, eles terão sua remuneração afetada no caso de mudanças na Selic.
O banco que está tomando o empréstimo emite um título chamado CDI (Certificado de Depósito Interbancário/Interfinanceiro) para o que está emprestando o dinheiro. Por isso, paga uma taxa de juros.
A média das taxas praticadas pelos bancos nesse tipo de empréstimo chama-se taxa DI. E normalmente ela costuma ser muito próxima da taxa Selic.
A taxa DI é referência para grande parte dos investimentos de renda fixa. O DI é uma média do custo de empréstimos realizados entre bancos, via CDI, que acompanha a Selic.
A sigla DI significa Depósito Interfinanceiro ou Depósito Interbancário.
Um banco empresta dinheiro para outro porque há uma norma do Banco Central que os impede de fecharem o dia com saldo negativo em caixa. Isso gera menos risco de uma quebra no sistema financeiro.
Como um banco pode ter mais saques e empréstimos do que depósitos e investimentos em determinado dia, é comum que o seu fluxo de caixa fique no vermelho.
Para cumprir a regra do BC, a instituição toma um dinheiro para pagamento em um curtíssimo prazo, ou seja, de apenas um dia, de outro banco.
Para que serve a taxa DI?
A taxa DI serve de referência para a maior parte dos títulos de renda fixa ofertados ao investidor. É hoje o principal benchmark do mercado.
Como ela é muito pró