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Sinergias de Petz e Cobasi ainda são incertas, mas especialistas veem ganhos 

PublicidadeNão demorou muito ao mercado reagir à notícia dos avanços na fusão entre Petz e Cobasi. Às 14h desta sexta-feira (19), a empresa já havia ganhado R$ 640 milhões em valor de mercado, embora ainda se tente entender quais sinergias serão colhidas no negócio. Em parte, essas dúvidas não serão respondidas tão em breve, já que as apurações financeiras sobre os dois negócios devem se intensificar apenas após uma eventual assinatura de contrato — o chamado signing. Algumas das potenciais sinergias, no entanto, são óbvias, na avaliação de analistas ouvidas pelo IM Business. É visto como natural que uma fusão leve à melhora na distribuição das marcas em regiões nas quais o seu apelo é melhor, seja Cobasi ou Petz, bem como um crescimento exponencial em linhas de negócio como Zee.Dog ou mesmo a vertical de saúde animal. “A distribuição de tudo isso praticamente dobra de um dia para o outro”, diz Ricardo Bahiana, sócio da B2R Capital, assessoria especializada em M&A e valuation. Andreas Ferreira, analista de empresas da Mantaro Capital tem a percepção de que as empresas se uniram em um movimento defensivo. “Não acho que é um M&A para ataque. Não é exatamente um negócio ‘oportunístico’ de ganho de market share”, afirma. “A oportunidade maior talvez não seja a sinergia, mas aproveitar a força um do outro para se defender”, diz o analista, dando o exemplo do impacto negativo da concorrência dos marketplaces nos últimos resultados das duas empresas. Para Ferreira, a Petz busca referência em um dos poucos M&As do varejo que de fato deram certo nos últimos 15 anos. A operação da Raia Drogasil conferiu ganho de escala e de participação de mercado à empresa combinada, além de uma “impressionante diluição de empresas”, diz ele. O CEO da Petz, Sergio Zimerman, disse em teleconferência aos investidores na manhã desta sexta-feira (19), que não espera dificuldades em conseguir o aval do negócio junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão só entrará em jogo após uma eventual assinatura de um contrato. De toda forma, a avaliação do Cade deve se pautar na distribuição regional das lojas. “É preciso definir a abrangência geográfica dos mercados. Não me parece que mercados de varejo, inclusive esse de varejo de produtos animais, sejam mercados muito extensos territorialmente”, diz Olavo Chinaglia, especialista em direito concorrencial e ex-conselheiro do Cade. “A depender de como o Cade entender a definição do escopo geográfico dos mercados, pode ser que sejam identificadas regiões em que a concentração é alta e, consequentemente, em que possa haver restrições.” Andreas vê ainda uma sobreposição muito forte de lojas. “As duas empresas nasceram em São Paulo, focaram na expansão no Estado e depois nas grandes capitais, brigando por espaços muito próximos. Vejo oportunidades de fechamento de loja”, pont  

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