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Apenas dois cortes de juros nos EUA em 2024? Entenda o cenário e saiba como lidar com seus investimentos no exterior

Wall Street e a Bolsa de Valores de Nova York, no centro de Manhattan (Foto: Alexander Spatari / Getty Images)

O mercado tem ajustado as expectativas de cortes de juros nos EUA em resposta à resiliência da economia e aos dados de inflação. Após iniciar o ano com a possibilidade de até seis cortes de juros em 2024, atualmente, o mercado estima no máximo dois.
Há inclusive investidores que aumentaram as apostas de que o Fed poderá elevar as taxas de juros nos EUA mais uma vez. Trata-se de uma perspectiva antes impensável.
Por aqui, o Itaú Unibanco revisou as projeções para a economia americana e espera que o Fed faça apenas um corte de juros em 2024. A previsão anterior considerava três cortes.
Diante dessas perspectivas, como o investidor que tem dinheiro alocado nos EUA ou almeja aplicar no país deve agir? A seguir, confira o que dizem os analistas consultados pela Inteligência Financeira.
Em março, o Fed anunciou que decidiu manter os juros básicos dos EUA na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano. Assim, estendeu por ainda mais tempo a pausa nas taxas iniciada em setembro de 2023.
De acordo com Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank, as expectativas em torno do cenário de juros nos EUA foram reajustadas ao longo dos últimos meses e, “de uma forma mais íngreme, nas últimas duas semanas”.
Segundo a especialista, “o mercado, de uma forma geral, entendeu que a inflação está se estabilizando acima da meta, o que dificulta um pouco o trabalho do Fed para iniciar os cortes de juros”.
Na avaliação de Paula Zogbi, analista de investimentos e head de conteúdo da Nomad, esse novo cenário pressiona ativos de risco, à medida que juros altos desestimulam o crescimento e aumentam a atratividade de ativos livres de risco.
“É um contexto positivo para começar a investir em ativos dolarizados. Isso porque a moeda norte-americana se fortalece com a diminuição do diferencial de juros e esse fluxo financeiro. A renda fixa americana é um destaque para essa estratégia, já que seus dividendos estão diretamente atrelados ao juro básico dos EUA”, afirma Paula Zogbi, head de conteúdo da Nomad.
Economia forte
O analista Thiago Guedes, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Bridgewise no Brasil, pontua que a taxa de juros cai quando há a necessidade de reaquecer a economia. Entretanto, destaca o especialista, a economia dos Estados Unidos está muito forte. “Ela está entregando resultados bons, com as empresas tendo lucro e receita. Mesmo com a inflação persistindo, não estamos tendo dados de desemprego forte”, lembra ele.
Guedes que acredita que “talvez tenhamos um novo patamar de juros de equilíbrio”. “A gente deve ter alguns cortes até o fim do ano, mas muito longe do que era esperado”, pontua ele.
“A nossa perspectiva dentro dos C6 sempre caminhou mais para esse lado cauteloso, embora o mercado tenha se empolgado um pouco mais. Isso se r  

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