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Ibovespa tem forte alta e volta aos 126 mil pontos após dados de inflação

Analista avalia movimento do mercado. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

A bolsa de valores hoje abre em alta e o dólar em queda com os investidores repercutindo dados de inflação no Brasil e Estados Unidos divulgados na manhã desta sexta-feira (26).
O PCE americano veio dentro do esperado, o que alivia um pouco a pressão sobre os juros futuros no exterior. Enquanto, no Brasil, a notícia é ainda mais positiva: o IPCA-15 veio abaixo do esperado.
Assim, perto das 10h35, o Ibovespa subia 1,31%, a 126.281,17 pontos. Com isso, o índice da bolsa e o dólar caminham no sentido contrário ao do pregão anterior, quando a Vale (VALE3) e os juros mexeram com o humor dos investidores.
Por outro lado, o dólar operava em queda no horário mencionado. A moeda norte-americana descia 0,71% em relação ao real, cotada a R$ 5,1255.
No exterior, o dólar subia. O DXY, índice global da moeda, avançava 0,22%, a 105,83 pontos.
Um dado importante para a bolsa de valores hoje é o PCE, um dos indicadores de inflação dos Estados Unidos, o preferido do Fed para balizar a política de juros.
Assim, o índice registrou alta de 0,3%, em linha com o que se esperava, e o núcleo também está em linha com as estimativas.
“Há um alívio depois do deflator do PIB, que veio pior que o esperado. Ontem o dado foi muito ruim, com o PIB mais fraco e inflação mais elevada. Agora, o PCE, focado mais em cesta de consumo, traz boas notícias”, diz Paulo Gala, economista-chefe do banco Master.
Com isso, a Treasury de 10 anos cede a 4,66% depois da alta de ontem, quando chegou a 4,70%.
“Agora, volta alguma perspectiva de corte de juros em setembro, com os mercados mais aliviados, e as bolsas devem se beneficiar, assim como o real”, acrescenta Gala.
Além disso, o IPCA-15 de abril registrou inflação de 0,21% MoM (3,77% YoY). Com isso, o dado vem abaixo da expectativa, cuja mediana apontava para um avanço de 0,29%. Além disso, está abaixo do limite superior do RMI fixado para 2024 (4,50%).“Analisando o comportamento dos grandes grupos que compõem o indicador, um dos destaques da divulgação de hoje ficou por conta do grupo de Alimentos, que passou de 0,91% MoM em março para 0,61% MoM em abril. Sua magnitude foi afetada por movimentos sazonais e pela dinâmica produtiva de produtos mais elaborados”, destaca Carla Argenta, da CM Capital.
Assim, o cenário é favorável para o cenário de corte de juros na próxima reunião do Copom, avalia Ana Paula Carvalho, planejadora financeira e sócia da AVG Capital.
“Pode haver pressão no dólar se o diferencial de juros entre Brasil e EUA diminuir caso o ritmo de queda da Selic se mantenha”, pondera.
“Diante desse dado, na minha visão, acredito que o BC continue o ritmo de queda em 0,50% para a próxima reunião”, completa Ana Paula.
O Copom ser reunirá novamente nos dias 7 e 8 de maio.  

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