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Ações em alta: Petrobras sobe quase 20% e lidera ganhos em abril

Foto: Budrul Chukrut/SOPA Images/Reuters

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) tiveram os maiores ganhos do Ibovespa em abril, com os papéis ordinários subindo 19,42%, enquanto as ações preferenciais avançaram 15,95%, deixando para trás outros destaques como a Petz, que avançou 11% com a proposta de fusão com a Cobasi.
Alguns fatores contribuíram para os movimentos de alta das ações da Petrobras. “O primeiro deles foi a resolução da questão do pagamento dos dividendos extraordinários, com a empresa caminhando para a mudança do anúncio feito anteriormente de que não seria feito nenhum pagamento, migrando para o pagamento de 50% do valor”, avalia Pedro Marinho Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.
Além disso, a Petrobras teve desempenho muito acima “por conta de um desempenho positivo na parte de produção de petróleo, que vem em patamar alto”, ressalta Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.
A extração de barris diários cresceu 3,7% no 1T24 em comparação ao mesmo período do ano passado, com números muito bons para produção de petróleo e gás natural também. Além disso, o crescimento trimestral na exportação de Petróleo (aumento na casa dos 2,5%) pode ajudar no resultado financeiro da empresa.
Porém, Coutinho também avalia a decisão pelo pagamento de dividendos como principal responsável pela valorização. Além de contribuir para os ganhos da Petrobras na bolsa, o pagamento de dividendos contribui também para a questão fiscal, segundo Cruz, levando em conta que, como maior acionista, o estado brasileiro vai embolsar uma bolada que não estava prevista.
“Assim, quem estava no papel por conta dos dividendos ficou interessado em permanecer. Embora seja só sobre esses dividendos, sinaliza que para os próximos podem seguir caminho semelhante”, complementa o estrategista da RB.
Perspectiva para dividendos futuros também impulsioram PETR3 e PETR4
Para Pedro Marinho Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, isso trouxe fluxo positivo para as ações. “Além disso, a empresa divulgou números operacionais bastante sólidos para o 1T24, com o mercado acreditando em um futuro anúncio positivo de dividendos ordinários”, destaca o especialista.
Diminuiu também os ruídos a respeito de uma possível troca no comando da empresa. Além disso. “Ela está muito bem em termos de gestão. Acredito que os resultados financeiros do primeiro trimestre vão mostrar uma queda, mas nada que aponte um problema, e, sim, o impacto dos preços da sua principal commodity”, avalia Cruz.
Por outro lado, pesa a interferência na parte de formação de preço, com a defasagem em relação às práticas internacionais. “A Petrobras precisa importar cerca de 16% do petróleo utilizado no Brasil e importa nos preços internacionais, então, toma prejuízo quando não repassa os preços”, compl  

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