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Casas Bahia (BHIA3): crise esvazia o que sobrou de recomendações no varejo

O mercado brasileiro iniciou a semana com uma nova bomba: o pedido de recuperação extrajudicial protocolado pela Casas Bahia (BHIA3) na noite do domingo (28) para renegociar com seus credores uma dívida de R$ 4,1 bilhões
O movimento coloca em evidência problemas estruturais enfrentados pelas varejistas, especialmente a de linha branca
Com a Americanas em recuperação judicial e a nova crise na antiga Via Varejo, nem Magazine Luiza ganha a confiança do mercado
O mercado brasileiro iniciou a semana com uma nova bomba: o pedido de recuperação extrajudicial protocolado pela Casas Bahia (BHIA3) na noite do domingo (28) para renegociar com seus credores uma dívida de R$ 4,1 bilhões. As ações reagiram e saltaram 34,19% no pregão desta segunda-feira (29), mas o movimento acende um alerta no setor varejista brasileiro em um contexto macro e microeconômico complicado que afasta os investidores dessas empresas na Bolsa.Leia tambémA recuperação extrajudicial é um acordo direto entre a companhia e seus principais credores, Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), sem a intervenção judicial. Neste caso, a medida reduziu o custo de financiamento e estendeu o prazo limite para que a varejista arque com suas obrigações financeiras. O acordo preserva R$ 4,3 bilhões no caixa da companhia até 2027, sendo R$ 1,5 bilhão apenas neste ano. Se anteirormente a empresa teria que desembolsar R$ 4,8 bilhões, agora o grupo terá de arcar com apenas R$ 500 milhões no mesmo período.Como mostramos aqui, a decisão em si foi bem recebida pelo mercado, que vê na recuperação extrajudicial um passo importante para que a companhia possa “arrumar a casa” e evitar que o processo de reestruturação vá para a Justiça. Mas o plano de fundo disso tudo ainda é negativo – para a Casas Bahia e para os pares.“A recuperação extrajudicial é positiva, mas a verdade é que não havia outra alternativa. Com o volume de dívida que a Casas Bahia tem com os dois bancos, ou faz renegociação ou quebra”, afirma Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores.PublicidadeInvista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosTozzi explica que a crise da Casas Bahia é fruto de um combo de fatores. Alguns, são comuns a todo o setor de varejo. Outros, internos da própria ex-Via Varejo.“O varejo é um segmento muito desafiador. As margens são apertadas, não são produtos de compra recorrente, a logística é complexa, mas o mais importante é que o financiamento é quase que obrigatório. E quando junta inflação e taxas de juros altas, acaba com o espaço desse mercado”, explica.Muito suscetível às variações do ciclo econômico, as varejistas, que geralmente operam muito alavancadas, viram suas dívidas dispararem com a alta do CDI que aconteceu desde o fim da pandemia da covid-19. Com a população endividada e comprando menos, as companhias de linha branca, ligadas à baixa renda, sofreram mais.Mas há   

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