Ibovespa ensaia recuperação, mas termina abril com queda de 1,70%
O Ibovespa encerra mais um mês no vermelho
Entre 1 e 9 de abril, o principal índice de ações da Bolsa brasileira até ensaiou uma recuperação e subiu 1,39% no período, para 129,8 mil pontos – o maior patamar desde fevereiro
Entretanto, a divulgação dos dados de inflação dos EUA azedou o humor dos investidores e fez o índice descer a ladeira. Para maio, a política monetária americana continuará ditando o tom no mercado brasileiro
O Ibovespa encerra mais um mês no vermelho, com uma desvalorização de 1,70%, aos 125.924,19 pontos. Entre 1 e 9 de abril, o principal índice de ações da Bolsa brasileira até ensaiou uma recuperação e subiu 1,39% no período, para 129,8 mil pontos – o maior patamar desde fevereiro. Entretanto, a divulgação dos dados de inflação dos EUA azedou o humor dos investidores e fez o índice descer a ladeira.Leia tambémNo dia 10 de abril, o indicador norte-americano de inflação CPI (Consumer Price Index ou Índice de Preços ao Consumidor, em português) mostrou uma aceleração de 0,4% dos preços em março, acima das expectativas de mercado, de 0,3%. Esse dado alimentou ainda mais as dúvidas sobre o esperado início dos cortes de juros nos EUA.Hoje, o país do democrata Joe Biden mantém as taxas de juros dos fed funds (fundos federais) entre 5,25% e 5,5% ao ano, nível mais alto em mais de duas décadas. Vale lembrar que essa taxa serve de referência para a renda fixa americana, ou seja, os rendimentos dos ativos conservadores da maior economia do mundo estão no ápice em pelo menos 20 anos.PublicidadeInvista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosEssa dinâmica desaquece a renda variável dos demais mercados, em especial os emergentes, como o Brasil, já que os investidores estrangeiros tendem a tirar dinheiro de ativos de risco para realocar esse capital no Tesouro dos EUA. Somente entre 1 e 26 de abril, dado mais recente, os gringos sacaram R$ 10,6 bilhões da B3. No acumulado do ano, o fluxo de investimento estrangeiro está negativo em R$ 32,5 bilhões.Para melhorar esse cenário, o início do corte de juros nos EUA é fundamental, mas para isso a inflação americana precisa dar sinais de desaceleração. O que ainda não aconteceu.“Na esteira do CPI, vários membros do Comitê de Política Monetária americano (FOMC) sinalizaram que os juros não vão cair rápido nos Estados Unidos”, diz Rogério Mori, economista do grupo Davos. Após a divulgação da inflação acima do esperado, os analistas de mercado precisaram rever suas projeções. “Antes, as apostas eram para que o primeiro corte de juros nos EUA acontecesse em maio. Agora, já migraram para setembro ou talvez até no ano que vem”, diz Mori.A tempestade perfeita para o dólar e jurosAs perspectivas de juros altos por mais tempo nos EUA fortaleceram o dólar contra o real — a moeda americana acumula alta de 3,5% em relação à nacional em abril, de acordo com o Ban