Nem o Banco Central sabe qual a taxa terminal da Selic neste momento, diz Carlos Woelz, da Kapitalo
O reaquecimento inesperado da economia norte-americana no mês de abril deixou os gestores do mercado financeiro com o cabelo em pé.
Os dados sobre geração de emprego e alta de inflação abriram o debate sobre o que esperar da trajetórias dos juros – tanto na maior economia do mundo, quanto também aqui, no Brasil.
Mas, na opinião de Carlos Woelz, sócio-fundador da Kapitalo Investimentos, gestora que administra R$ 28,5 bilhões, não é apenas o mercado financeiro que, neste momento, está perdido sobre o início dos cortes nos Estados Unidos e o patamar da Selic terminal no Brasil.
Os diretores do Banco Central (BC), incluindo o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, também estão sem convicção sobre o assunto, ele diz.
“Acho que não tem consenso sobre a terminal da Selic dentro do Banco Central”, diz Carlos Woelz, responsável pelas mesas de juros e de câmbio da Kapitalo.
Woelz é o entrevistado deste mês do PodInvestir, podcast original da Inteligência Financeira. Apresentado por Renato Jakitas, o programa fala com os principais gestores do mercado financeiro do eixo Rio-São Paulo.
A edição do PodInvestir também conversou com Sara Delfim, sócia e gestora dos multimercados da Dhalia Capital, casa paulistana que tem nas ações de empresas o carro-chefe.
Segundo ela, o ambiente de fortes incertezas força a casa a priorizar uma carteira com ações defensivas e mais pulverizadas.
“A gente reduz as posições, mas existem oportunidades”, afirma Sara.
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