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Ações da Sabesp (SBSP3) caem com divulgação de marco regulatório; vale investir na empresa?

Detalhe de site da Sabesp (SBSP3). Foto: Rafael Henrique/ SOPA Images/Reuters

A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou a adesão do projeto de privatização da Sabesp (SBSP3), mesmo após as ações caírem no Ibovespa. O mercado financeiro não recebeu bem o marco regulatório da empresa, documento que define contratos de subsidiárias após a privatização.
Em relatório, o Itaú BBA afirma que o documento trouxe “sentimentos mistos” sobre contratos da Sabesp com municípios. Por um lado, o banco elogia o modelo de desconto de contratos de municípios com a Sabesp. Por outro, a companhia adotou um modelo de repasse de ganhos de eficiência que decepcionou analistas.
Ainda assim, vale a pena investir nas ações da Sabesp (SBSP3)? Analistas de mercado ouvidos pela Inteligência Financeira se dividem ao declarar se o papel da companhia está caro ou barato.
A ação da Sabesp (SBSP3) caiu no Ibovespa nesta quinta-feira. O papel da companhia de saneamento se recuperou ao longo do dia, mas teve recuo de 0,66% no índice.
Ontem, a privatização da Sabesp avançou um passo com a aprovação do marco regulatório de contratos com municípios.
Para o Itaú BBA, contudo, a proposta final trouxe um “sentimento misto”.
Do lado positivo, diz o banco, o marco traz o reconhecimento de um teto para descontos no contrato da Sabesp com grandes municípios. Isso porque no primeiro ciclo tarifário, que muda a cada 5 anos, grandes consumidores podem aderir a um plano comercial com teto de R$ 300 milhões.
Mas o ponto negativo, segundo analistas, a taxa de repasse de eficiência de custo no reajuste das tarifas. A proporção dos ganhos operacionais da Sabesp a municípios ficou “acima da expectativa do mercado”, de acordo com o Itaú BBA.
No modelo do banco, era esperado um compartilhamento fixado de 50% do ganho de custo operacional a clientes a partir de 2030, ou o segundo ciclo tarifário.
O marco regulatório, contudo, prevê a retenção de 100% do valor pela Sabesp nos primeiros 5 anos, e, a partir do segundo ciclo, uma taxa progressiva que deve variar de:
50% até 2035;
75% até 2040;
e de 90% a partir de 2040.
De acordo com Vanessa Naissinger, analista da Varos Research, o modelo de repasse visa incentivar a Sabesp a cortar custos operacionais, “o que ocasiona uma tarifa mais barata para o consumidor no final das contas”.
“É uma proporção acima do esperado no compartilhamento de eficiência com consumidores”, diz o Itaú BBA.
Analistas se dividem sobre as ações da Sabesp (SBSP3) e se vale a pena investir na empresa, mesmo com o recuo dos papéis nesta quinta.
Em relatório, a XP Investimentos afirma “ver potencial em uma Sabesp privatizada”. As regras de despesa operacional da empresa e a baixa inadimplência, assim, devem destravar valor na operação.
“Tudo isto significa uma operação privada que tem um grande potencial de criação de valor”, di  

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