Já pensou em alugar ETF? Saiba como funciona o empréstimo de cotas
Alugar ETF significa emprestar as suas cotas do fundo para outra pessoa por um período recebendo uma taxa de juros – (Foto: Unsplash)
No mundo dos investimentos, existem diversos produtos e formas de aplicar o seu dinheiro. E entre as opções está a ação de alugar ETF. Que, aliás, é um processo mais avançado. “Quando você aluga um ETF, na verdade está emprestando suas cotas para outra pessoa por um período determinado. Em troca, você recebe uma taxa de juros acordada previamente”, explica Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças.
Inclusive, vale saber que ETF (Exchange Traded Funds) é um fundo de investimento que é negociado em bolsa, e pode conter uma variedade de ativos, como ações, títulos, commodities, entre outros. “Então, quando você investe em um ETF, significa que comprou uma cota de um fundo que possui uma carteira diversificada de ativos”, pontua Glaciano.
O produto chegou à B3, a bolsa de valores brasileira, há 20 anos, mas, segundo Daniel Sabino, economista, head de produtos e sócio-fundador do Grupo NanoCapital, ainda há muito espaço para crescer.
“Os dados do Banco Central de outubro de 2023 mostram que o patrimônio investido em ETFs é de R$ 41 bilhões. O que significa menos de 10% do que os brasileiros têm na poupança. E isso, então, indica que, apesar do crescimento significativo, o mercado de ETFs ainda é subutilizado pelos investidores brasileiros”, comenta o especialista.
E o processo de empréstimo de cotas pode ser feito por pessoa física, jurídica e institucional. “Basta pedir esse aluguel dentro da corretora que está operando”, comenta Renato Nobile, gestor e analista da Buena Vista Capital.
Além disso, o aluguel, claro, vai para o proprietário das cotas do ETF. Ou seja, quem emprestou. “O prazo do aluguel é uma parte essencial do contrato de empréstimo de ETFs e é especificado antes da transação ocorrer. Este prazo, portanto, define a duração do período em que o tomador do empréstimo pode manter em sua posse as cotas emprestadas”, esclarece Glaciano.
O período estipulado para alugar ETF vai depender muito da ponta que está emprestando. “Mas, normalmente, o pessoal deixa em aluguel contínuo para pedir a qualquer momento. Esse é mais ou menos o padrão”, afirma Nobile.
Então, além de ser uma boa opção, alugar ETF gera uma renda extra, o que, claro, aumenta a sua rentabilidade.
“Nos últimos anos, várias corretoras passaram a oferecer o serviço de custódia remunerada. Ampliando a possibilidade de mais investidores conseguirem alugar seus ativos e receberem uma renda extra. Mas é importante ter em mente que o doador segue recebendo normalmente os dividendos e demais proventos do ativo e colunista da Inteligência Financeira. Mesmo enquanto o produto está doado”, esclarece Renato Eid, superintendente de estratégias indexadas e investimento responsável da Itaú Asset e colu