Mercado imobiliário aquecido? Como garimpar boas oportunidades nos FIIs
Para quem busca surfar no bom momento da construção civil, os FIIs de desenvolvimento imobiliário, que focam nos empreendimentos para venda, podem gerar retornos acima da Selic terminal em 2024, de 9,5%
Para analistas, o topo do crescimento, com incremento em vendas e financiamentos deve ocorrer em 2025, com a Selic recuando para patamares mais próximos de 8,5% ao ano
Se os fundos de desenvolvimento já enfrentam problemas de liquidez, os fundos residenciais ainda não caíram no gosto do investidor de varejo; entenda
O mercado imobiliário vive um bom momento. As vendas de imóveis residenciais saltaram 39,8% em 12 meses, entre janeiro de 2023 a janeiro de 2024, segundo um estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Foram 171.627 unidades comercializadas no período, impulsionadas pelos segmentos Médio e Alto Padrão e o Programa Minha Casa, Minha Vida. Para os próximos meses, a expectativa da associação é que a redução da taxa Selic continue auxiliando no desenvolvimento do setor imobiliário, tornando os financiamentos habitacionais mais acessíveis.A alta nos preços dos aluguéis também sinaliza a demanda por ativos imobiliários. Segundo dados do Índice FipeZap, o preço médio dos aluguéis residenciais subiu 3,75% no primeiro trimestre de 2024. Nos últimos 12 meses, a locação residencial acumula alta de 15,19%.Diante deste aquecimento no segmento residencial, alguns fundos de investimento imobiliário (FIIs) tendem a ser beneficiados. Para quem busca surfar no bom momento da construção civil, os FIIs de desenvolvimento imobiliário, que focam nos empreendimentos para venda, podem gerar retornos acima da Selic terminal em 2024, de 9,5%. O motivo é que com juros mais baixos, fica mais fácil vender imóveis.PublicidadeInvista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosMaurício Muniz, sócio da Brio Investimentos, destaca que a nível nacional os principais fatores que impulsionam esse crescimento, além da queda dos juros, são a inflação mais controlada e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) com emprego em níveis saudáveis. “Temos uma recuperação da renda real, uma redução gradual do endividamento das famílias e isso tende a deixar as pessoas mais propensas a investir em imóveis”, afirma.O especialista cita também questões regionais. Em São Paulo, por exemplo, ele aponta que a revisão de algumas leis relacionadas ao Plano Diretor ou lei de zoneamento favoreceram o mercado imobiliário. Programas habitacionais, como o “Pode Entrar”, iniciativa da Prefeitura de São Paulo para construir unidades habitacionais para famílias de baixa renda, também impulsionaram a venda de imóveis.Contudo, para Muniz, o topo do crescimento, com incremento em vendas e financiamentos deve ocorrer em 2025, com a Selic recuando para patamares mais próximos de 8,5%, o que deve fazer com que os bancos reduzam as taxas de financiame