Ibovespa sobe com fiscal, balanços e reunião do Copom em foco; dólar cai a R$ 5,05
Veja o desempenho do Ibovespa e do dólar hoje. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
A bolsa de valores hoje avança, na contramão do dólar, com o mercado de olho em decisões fiscais relacionadas principalmente às concessões ao Rio Grande do Sul por conta da tragédia humanitária no estado.Além disso, há debate sobre a decisão do Copom sobre juros, que serão definidos amanhã depois de reunião iniciada nesta terça-feira (7).
Os investidores discutem também o desempenho de algumas empresas da bolsa, como o Itaú, terceira maior empresa da B3, que divulgou resultados do 1T24. Assim, perto das 10h30, o Ibovespa subia 0,70%, a 129.359,89 pontos, retomando, portanto, o patamar de 129 mil pontos, alcançado no intraday do pregão anterior, quando a bolsa reverteu ganhos no final do dia e fechou em queda.
Hoje, o dólar operava em queda no horário mencionado na relação com o real: queda de 0,27%, a R$ 5,0511.
Por outro lado, no cenário internacional, o dólar valorizava.
O DXY, índice global da moeda, subia 0,05%, a 105,10 pontos.
“A cotação do dólar americano evidenciou fortalecimento frente a outras moedas principais, em resposta aos dados modestos sobre pedidos à indústria alemã e vendas no varejo na zona do euro conforme expectativas”, diz a Guide em relatório.
No panorama corporativo, merecem destaque os resultados financeiros de Carrefour Brasil, Telefônica Brasil, GPA e Prio.
Ontem, o destaque ficou por conta do Itaú, que teve resultados dentro do esperado, segundo a média dos analistas.
O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou na segunda-feira que teve lucro recorrente de R$ 9,8 bilhões no primeiro trimestre, alta de 15,8% ante mesmo período de 2023.
O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia sua reunião de dois dias com o intuito de deliberar acerca da nova taxa Selic. Paralelamente, o Tesouro Nacional promoverá um leilão de títulos pós-fixados.
Crédito extraordinário e adiamento do pagamento de cerca de R$ 3 bilhões em dívidas do estado e diferimento de tributos. Essas foram algumas medidas anunciadas pelo poder público em resposta à tragédia no Rio Grande do Sul.
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, disse que não haverá extensão da medida de crédito extraordinário para outras partes do país.
“A sinalização é boa, mas é importante acompanhar para ver se a situação não muda de figura e é cedo para ter grandes convicções aqui”, diz Pedro Renault, economista de research do Itaú BBA durante o Itaú Views Morning Call desta terça-feira.