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Sem sinal de queda de juros nos EUA, Ibovespa fecha em queda e dólar sobe

O principal indicador do mercado, o Ibovespa, fechou em queda de 1,38% nesta quarta-feira (22), aos 125.650,03 pontos, com a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve mantendo as dúvidas sobre os próximos passos do banco central norte-americano. No Brasil, o governo piorou a estimativa de déficit fiscal em 2024.Na visão do chefe da EQI Research, Luís Moran, a bolsa está sem catalisadores que atraiam o investidor, dada a mudança no cenário para os juros nos Estados Unidos desde o começo do ano, mas também revisão para cima nas perspectivas para a Selic no Brasil e um quadro fiscal local complicado.“Não tem o tal do gatilho que leve o investidor a considerar a bolsa como uma alternativa (de investimento)… Não tem nenhuma pressa pra ir pra bolsa nesse instante”, afirmou.E o noticiário do dia continuou minando tal apetite. A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed mostrou que as autoridades ainda acreditavam que as pressões sobre os preços diminuirão, ainda que lentamente, mesmo reconhecendo a decepção com as recentes leituras de inflação.Mas, embora a resposta da política monetária por enquanto “envolva a manutenção” da taxa de juros de referência do banco central norte-americano em seu nível atual, a ata também refletiu a discussão sobre possíveis novos aumentos, com vários participantes dispostos a apertar mais se necessário.“A meu ver, o resumo de onde os participantes do Fomc se encontram no momento está na afirmação de que estão dispostos a manter o atual nível de aperto por mais tempo se não houver evidências de progresso na direção do atingimento da meta”, afirmou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori.Ele ressaltou, contudo, que os membros do Fomc igualmente consideram afrouxar a política monetária no caso de um enfraquecimento inesperado nas condições do mercado de trabalho, enquanto vários membros estão dispostos a aumentar novamente a taxa de juros se os riscos de a inflação voltar a subir forem grandes o suficiente.“Em outras palavras, esticaram o argumento da política baseada em dados — data dependent — , deixando aberto ajustes para os dois lados novamente.”Política fiscal No Brasil, os ministérios do Planejamento e da Fazenda projetaram que o governo central fechará 2024 com déficit primário de R$ 14,5 bilhões, equivalente a 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ainda dentro da margem de tolerância estabelecida pelo arcabouço fiscal.A estimativa apresentada no relatório bimestral de receitas e despesas para o resultado primário, porém, é pior do que a última projeção oficial do governo, feita em março, que apontava para um déficit de R$ 9,3 bilhões. Como proporção do PIB, não houve mudança.O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também esteve no radar ao participar de sessão da Comissão da Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, onde disse que não há “nada desan  

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