Speedo quer avançar fora das piscinas: ‘Vamos dobrar de tamanho até 2027’, diz o CEO Roberto Jalonetsky

Lesões musculares são comuns na rotina dos 30 atletas patrocinados pela Speedo. Mas o que estes esportistas talvez não saibam é que até o CEO da empresa, Roberto Jalonetsky, enfrenta esse desconforto há alguns meses.
“A gente machuca o ombro com coisas corriqueiras, como pegar uma sacola no banco de trás do carro ou levantar o filho de mau jeito”, diz Roberto antes do início da entrevista ao podcast Visão de Líder, e que você acompanha no vídeo logo acima.
Enquanto os atletas sonham com as medalhas nos Jogos Olímpicos deste ano, Roberto tem uma meta tão ousada quanto. “Queremos dobrar nosso faturamento até 2027. E já começamos a por a plano em prática em 2023.”
Para isso, a marca apostará em jogadas que exigem flexibilidade, sobretudo para uma empresa que é conhecida por um tipo de produto: os de esportes aquáticos.
A Speedo quer mudar de trajetória e vai lançar, ainda neste ano, uma gama de produtos que incluem desde alimentos e bebidas até protetor solar.
Mas na empresa de 200 funcionários com metas altas, o CEO da Speedo respeita o tempo de aprendizado de cada um. “Quem fica para trás não é quem erra e sim quem não tenta.”
Então, ele mesmo se considera um beneficiado desta filosofia e relembra seus erros de carreira mais importantes. Abriu uma empresa de artigos esportivos com amigos e teve de fechar as portas pouco tempo depois.
“Eu agi muito mais com a emoção e me joguei”, recorda o CEO Speedo. “Faltou entender o produto que eu criei, o consumidor e o meu objetivo.”
Assim, na época, Roberto Jalonetsky ainda cursava a faculdade de marketing e se desdobrava entre as atividades acadêmicas e o primeiro negócio. Sem sucesso na empreitada, foi trabalhar no setor de eventos.
A experiência no setor de entretenimento rendeu experiência e contatos. Bom de networking, acabou mergulhando em um segundo negócio, em 2007. Dessa vez, teve entre os sócios um nome de peso, Luciano Huck.
“Foi uma aventura com saldo muto positivo. Um e-commerce conectado ao terceiro setor”, atribui o líder à sua história de aprendizado profissional. A vida pessoal, no entanto, traria uma nova perspectiva, trazendo Roberto de volta à capital paulista.
O executivo, portanto, entrou na Speedo para atuar na área de licenciamento de produtos. Fez uma rotação em diversos setores para aprender o máximo possível sobre o negócio.
O saldo de uma jornada de erros e acertos conscientes foi o convite para se tornar CEO da líder nacional em produtos para natação. “Você não consegue ter uma gestão completa, nem inspirar e nem liderar, se você não entender de todas as peças do quebra cabeça”
Treinadores esportivos motivam suas equipes ao falar sobre sonhos, aprendizado, metas e humildade. No escritório da Speedo, na região da Rebouças, não é diferente.
Fã de esportes e de música, Roberto se considera “100% passional”, mesmo no trabalho. “Chego a confundir quando estou tr