Como pensa Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras (PETR4), sobre temas da indústria de óleo e gás
Magda Chambriard, presidente da Petrobras Foto: Roberto Farias/Agência Petrobras
Defensora da atuação da Petrobras (PETR4) na exploração e produção e do papel da empresa como indutora do desenvolvimento no país, a engenheira civil Magda Maria Regina Chambriard assume a Petrobras com a missão de acelerar investimentos em áreas em que a empresa se desfez de ativos no passado recente, como refino e fertilizantes.
Chambriard foi uma das integrantes da equipe que formulou propostas de campanha para a área de energia do então candidato e hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conhece bem, portanto, os temas do setor.
Chambriard assume uma Petrobras diferente da que conheceu quando atuou na companhia, entre 1980 e 2002. Depois desse período, a executiva foi cedida à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), instituição em que foi diretora, em 2008, e assumiu a diretoria-geral em 2012.
À frente da ANP, Chambriard defendeu a política de conteúdo local e foi crítica do plano de desinvestimentos que a estatal promoveu na última década como forma de reduzir o elevado endividamento que garantiu à estatal o título de “empresa com a maior dívida corporativa do mundo”.
Após ser empossada na presidência da companhia, Chambriard disse em seu perfil na rede social LinkedIn: “Reafirmo meu compromisso com o crescimento contínuo da nossa indústria.”
Confira algumas das ideias da executiva a partir de textos que ela mesma escreveu em revistas especializadas e em entrevistas concedidas antes de ser indicada para a presidência da Petrobras pelo presidente Lula, em 14 de maio.
“Do consumo [total] de energia no mundo, 84% ainda são resultantes dos combustíveis fósseis. Com esses números, é fácil concluir que ainda precisaremos contar com o petróleo. Não tem como dar cavalo de pau em um transatlântico. O Rio de Janeiro ainda vai contar com essa receita e com essa indústria por algumas décadas.”
para o canal Alerj Digital, no YouTube, publicada em 13 de agosto de 2021.
“O Rio de Janeiro é um Estado que está abraçado com o [Oceano] Atlântico e alocando uma indústria de petróleo que acontece no mar. Nesse cenário, precisamos muito de ter o apoio da indústria naval. O setor naval é importante porque a atividade petroleira do Estado do Rio de Janeiro acontece no mar. Serão plataformas que, na verdade, são grandes navios com plantas de processos, barcos de apoio… toda uma economia voltada para o mar. Vamos precisar de toda uma infraestrutura portuária atualizada, inclusive os terminais para tancagem de petróleo e derivados.”
para o canal Alerj Digital, publicada em 13 de agosto de 2021 no YouTube.
“Na exploração e produção, apesar de ter sido cancelada a venda do Pólo Bahia, importante para a economia da região, nada se menciona em relação a investimentos nas bacias terrestres maduras, como também não fala no fomento à cons