“Estamos cautelosos com a Bolsa, mas não pessimistas”, diz gestora de R$ 103 bi sob gestão
A gestora do Sicredi vem se tornando uma das maiores do Brasil, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitai (ANBIMA)
Ricardo Sommer, diretor da Sicredi Asset, declara-se cauteloso com o desempenho da Bolsa brasileira, graças à permanência dos juros americanos em um patamar elevado por mais tempo, mas não pessimista
Em relação à tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, berço do Sicredi, o gestor não acredita em um impacto relevante no crescimento da instituição
Em meio ao fechamento dos pontos dos bancos tradicionais e da disrupção das fintechs, agência física parecia coisa do passado no Brasil. Até que o Sicredi apostou em um movimento contrário. Só no ano passado, a instituição de cooperativas financeiras aumentou em quase 20% os pontos físicos. Agora, são 2,7 mil agências espalhadas em duas mil cidades brasileiras.Leia tambémQuem surfa nesse crescimento é a asset da instituição. Com a capilaridade nacional das agências recém-inauguradas por todo o País, a gestora do Sicredi vem se tornando uma das maiores do Brasil, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Com R$ 103 bilhões sob gestão, ela já está entre as 15 maiores e deve manter o ritmo de crescimento neste ano.“O Sicredi valoriza muito o relacionamento com o cliente, então acreditamos que ter essa presença física faz a diferença para o nosso associado”, conta Ricardo Sommer, diretor da Sicredi Asset Management.PublicidadeInvista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosO gestor se declara cauteloso com o desempenho da Bolsa brasileira, graças à permanência dos juros americanos em um patamar elevado por mais tempo, mas não pessimista. Para Sommer, o foco agora é a leitura ESG da gestora. O fundo do Sicredi que prioriza empresas que focam em temas como governança, social e ambiental rendeu 9,7% nos últimos seis meses, acima do benchmark, o índice S&P B3 Brazil ESG.“A principal posição que temos no fundo é o Itaú Unibanco (ITUB4). Como segunda posição temos Suzano (SUZB3), por entender que celulose faz muito sentido, com uma empresa ativa e um produto do futuro, como o papel. Além disso, temos uma série de empresas do setor elétrico, como Copel (CPLE6) e Serena Energia (SRNA3), essa muito focada em energia renovável”, diz.Mesmo com a tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, berço do Sicredi, o gestor não vê grandes impacto nos negócios. “O Sicredi não está só no estado, então, mesmo quando olhamos agências e cooperativas por aqui, não vemos maiores impactos”, conta Sommer.Confira os principais trechos da entrevista:E-Investidor – A asset chegou a R$ 103 bilhões sob gestão. Como a expansão das agências da Sicredi ajuda nesse crescimento?PublicidadeRicardo Sommer – O Sicredi valoriza muito o relacionamento, essa proximidade, então acreditamos que ter essa