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Vai viajar para a Argentina? Prepare-se para enfrentar problemas com a falta de gás

Economia Argentina: governo luta para contornar situação de emergência e garantir que o fornecimento não falhe para as residências, hospitais e escolas. Foto: Peso Argentino/Getty Images

Os problemas causados pela falta de gás que resultaram em cortes generalizados em postos e indústrias no país durante a semana ainda devem demorar para serem solucionados.
Ainda assim, a situação de emergência tenha começado a melhor na noite de quarta-feira (29), informou hoje o jornal argentino “TN”. Enquanto isso, o governo luta para garantir que o fornecimento não falhe para as residências, hospitais e escolas.
O outono com as temperaturas mais baixas em 44 anos é apenas uma parte do problema que exacerbou a falta de gás no país. Segundo o “TN”, a alta demanda de gás em maio, que dobrou em relação ao ano anterior, ocorreu em meio a um considerável atraso nas obras complementares do gasoduto Vaca Muerta, compras de menos navios com gás importado e uma importação cada vez mais fraca da Bolívia.
Ontem, o governo argentino prometeu que o abastecimento de gás se normalizaria durante a noite, após a chegada de um navio com gás natural liquefeito (GNL) da Petrobras, que teve o descarregamento atrasado 24 horas por problemas no pagamento.
“É o inverno mais rigoroso dos últimos 44 anos, a demanda aumentou cerca de 55%, de 44 milhões de metros cúbicos para cerca de 70 milhões, o que causou problemas na distribuição”, afirmou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni.
No entanto, especialistas consultados pelo jornal argentino discordam de que seja possível falar de “normalidade” quando o sistema arrasta questões estruturais e a escassez se deve mais a problemas no transporte e na previsão de importações.
“Não há gás porque não compraram: nos últimos anos, durante maio, havia data de chegada para cerca de sete carregamentos de GNL, com cerca de 12 a 14 Mm³/dia durante o mês. Com data de chegada, em maio de 2024, há apenas 3 carregamentos, totalizando 5 milhões de m³ por dia”, afirma o economista e especialista em energia, Julián Rojo, ao “TN”.
“Acho que não atribuiria essa responsabilidade inteiramente ao governo atual. Sim, atribuiria à péssima gestão nas transições da administração do governo, porque isso paralisa muitas coisas (obras, programas, políticas, etc) que depois custa muito reativar”, completou Rojo.
Com informações do Valor Econômico.  

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