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Perto do terceiro mandato, Narendra Modi projeta futuro da Índia como potência espacial

Rashtrapati Bhavan é a residência oficial do presidente da Índia. Foto: Kriangkrai Thitimakorn/Getty Images

Três meses de diferença separam dois eventos importantes e distintos ocorridos na Índia de uma década atrás. Quando o então recém-eleito primeiro-ministro Narendra Modi assumiu o posto de maior liderança no país, em junho de 2014, a espaçonave da Mangalyaan — primeira missão de exploração interplanetária indiana — estava prestes a chegar ao seu destino final, a órbita de Marte. E logo inauguraria uma nova e promissora era de conquistas espaciais para a nação asiática.
Dez anos depois, com uma série de êxitos inéditos e uma indústria espacial em constante crescimento, a Índia caminha para se estabelecer como uma “potência espacial líder”. Uma promessa de Modi, que, por sua vez, caminha a largos passos para obter seu terceiro mandato consecutivo nas eleições gerais, iniciadas em 19 de abril e finalizadas ontem, cujos resultados estão previstos para esta semana.
Com a provável reeleição do premier, como apontam as sondagens, os planos para a continuidade dos investimentos no setor espacial — que foram divulgados no manifesto de seu partido, o Bharatiya Janata (BJP) — incluem, entre outros, o primeiro voo tripulado do país ao espaço, o estabelecimento de uma estação espacial indiana, além da promessa de envio do primeiro astronauta indiano à Lua — ou “vyomanauta”, termo em sânscrito cunhado pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), que significa “homem dos céus”.
Oficialmente, o BJP não estabeleceu uma data-limite para o cumprimento da agenda, mas declarações do próprio Modi apontam para um planejamento ambicioso e que até mesmo ultrapassa os cinco anos de mandato previstos na Lok Sabha — a Câmara baixa do Parlamento indiano — podendo se estender a mais uma década. No caso da Estação Bharatiya Antariksha, por exemplo, o objetivo é que esteja concluída em 2035. Já os planos de pisar na Lua só devem se concretizar por volta do ano de 2040, estima a ISRO.
A determinação da Índia na exploração espacial já é conhecida, com uma série de conquistas notáveis. Um dos últimos feitos históricos foi o pouso inédito no polo sul da Lua, região quase inexplorada, com a missão Chandrayaan-3 — sânscrito para “nave lunar” — em agosto de 2023. A conquista levou a Índia a se tornar o primeiro país a conseguir tal façanha, entrando também no seleto grupo de nações que já haviam realizado uma alunissagem controlada, juntamente com a China, a ex-União Soviética e os Estados Unidos.
“Esta conquista pertence a toda a Humanidade e ajudará as missões lunares de outros países no futuro”, disse Modi em discurso após o pouso. ‘Receita de sucesso’
Aos 73 anos, o premier é bastante popular mesmo após uma década no cargo, período em que a Índia mais expandiu sua indústria espacial — tornando-s  

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